“Mal maior foi causado pela CBF”, diz vice-presidente jurídico da Portuguesa

  • Por Jovem Pan
  • 23/04/2014 13h46
Confusão foi grande na Arena Joinville por causa de liminar Folhapress Jogo da Portuguesa é interrompido; veja fotos

A Portuguesa vive a dúvida de qual série do Campeonato Brasileiro irá disputar em 2014. Depois da confusão do ano passado, com a punição de quatro pontos graças a escalação irregular do jogador Héverton, que rebaixou o time para a Série B, foram diversas liminares e ações na Justiça Comum, que levaram a uma atitude polêmica na última sexta-feira, estreia do time na competição. Graças a uma decisão judicial movida por um torcedor e acatada pela juíza Adaisa Bernardi Isaac Helpern, o time saiu de campo aos 17 do primeiro tempo na partida contra o Joinville, e aguarda por uma posição do Superior Tribunal de Justiça.

O vice-presidente jurídico da Portuguesa, José Luiz Ferreira de Almeida, conversou com exclusividade com a Jovem Pan, explicou toda a situação do processo e garante: “é incabível qualquer tipo de penalização ou prejuízo ao clube”.

Segundo ele, a Portuguesa deixou o campo cumprindo uma ordem judicial, única e simplesmente. Retrocedendo no processo, José Luiz relembra que a ação do torcedor teve entrada na Justiça em janeiro, e que em fevereiro a juíza despachou a liminar dizendo que o clube deveria ser inserido na Série A, ainda que o STJ tenha destinado o julgamento de todas as ações para o Rio de Janeiro.

Nos últimos dias, anteriormente a estreia no Campeonato, a Portuguesa encaminhou um ofício à CBF relatando o fato e pedindo o adiamento da partida, mas não houve resposta. Desta forma, decidiu ir a Joinville e entrar em campo para “respeitar a cidade, a torcida, os espectadores e o futebol brasileiro em primeiro lugar, porque a CBF não se manifestou”.

O vice-presidente jurídico ainda destaca que, 15 minutos antes da partida, o torcedor que moveu a ação deu uma entrevista ao canal pago SporTV, deixando claro que se a Portuguesa entrasse em campo, ele iria colocar uma queixa crime contra o CBF e contra o clube e por isso, o presidente Ilídio Lico foi orientado a cumprir a ordem e retirar o time do campo, para preservar sua figura, a da Portuguesa e também para respeitar a manifestação do torcedor, que tinha direito.

“A Portuguesa decidiu se retirar do jogo e um diretor entregou ao representa, delegado da CBF, uma cópia da liminar e do documento pedindo o adiamento da partida. Com o relato ao quarto árbitro e ao juiz da partida, o jogo foi suspenso e, com essa decisão, o jogo é inexistente, não deveria ter acontecido”.

Segundo ele, o estrago maior ao futebol brasileiro foi causado pela CBF, que não atendeu ao pedido da Portuguesa de adiamento da partida, e se omitiu de forma absurda. Ele indica que a CBF alega inocência e que não tinha conhecimento da liminar, que seria falsa, não teria validade, mas não entende o porquê no sábado de aleluia, véspera da Páscoa, correu ao STJ para cassar a liminar.

No sábado, às 16h20, a Portuguesa deve enfrentar o Santa Cruz no estádio do Canindé e, se não houver nenhuma alteração nas liminares que estão em vigência, o clube entrará em campo. É o que garante José Luiz: “Hoje a Portuguesa está na Série B,  e se até lá outra liminar aparecer e se as cassadas forem atendidas, a Portuguesa não jogará, mas aguardara decisão final do processo”.

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