Marcelo Teixeira descarta candidatura e revela: Santos ainda lhe deve dinheiro
Presidente do Santos por mais de dez anos e dono de enorme influência dentro do quadro de conselheiros do clube, Marcelo Teixeira não pretende mais ocupar o principal cargo da direção alviengra. Em entrevista exclusiva a Raphael Thebas que vai ao ar no próximo fim de semana, na Rádio Jovem Pan, Teixeira descartou a possibilidade de se candidatar à presidência santista.
As próximas eleições estão marcadas para dezembro de 2017, e o atual mandatário do Santos, Modesto Roma Júnior, já disse que não tentará a reeleição. Como Modesto é uma espécie de “afilhado político” de Teixeira, muito se falou sobre a possibilidade de o ex-presidente se candidatar ao comando do Santos – algo que foi negado por ele durante o papo com Raphael Thebas.
“Não penso em me candidatar. Já dei a minha cota de contribuição para o Santos. Fiquei dez anos no clube, um período muito longo… Acho que realizei todos os trabalhos que planejava. O grande mérito da minha administração foi ter alcançado títulos nacionais e elevado a capacidade do clube de revelar talentos das categorias de base. Não penso em voltar a assumir o Santos”, afirmou.
Filho de Milton Teixeira, presidente do Santos entre 1983 e 1987, Marcelo Teixeira comandou o clube em duas ocasiões. Primeiro, de 1991 a 1993, e depois, de 2000 a 2009. Hoje proprietário da Universidade Santa Cecília, o paulista de 52 anos é amigo pessoal de Modesto Roma Júnior e ainda tem dinheiro a receber da agremiação pela qual é apaixonado.
Teixeira revelou que o Santos ainda não conseguiu quitar a dívida que possui com ele. Durante o período em que presidiu o clube, Marcelo injetou dinheiro do próprio bolso nos cofres alvinegros – mais ou menos como Paulo Nobre faz atualmente no Palmeiras. Além disto, no ano passado, o ex-presidente fez mais um empréstimo ao Santos – desta vez, por meio da Universidade Santa Cecília.
A dívida é milionária, e, em 2011, o Santos fez um acordo para quitá-la em pagamentos mensais até janeiro de 2018. “Fiz um acordo para que estes recursos fossem saldados sem juros, sem as devidas correções, por sete anos. Eles não foram quitados ainda”, contou Marcelo Teixeira, antes de se defender das críticas por ter emprestado dinheiro ao Santos enquanto era presidente do clube.
“Quando eu assumi o Santos, ele tinha uma infraestrutura bem diferente, muito arcaica perto do que era exigido pelo quadro associativo. Pelo estado financeiro, exigia algum investimento. Hoje, há parceiros, empresas… Mas, na minha época, o Santos não dispunha destes recursos. Alguém tinha de colocar dinheiro, investir. E eu fiz isso com toda a sinceridade e amor que sinto pelo clube“, encerrou.
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