Marcos descarta queda do Palmeiras, mas ressalta: “vejo muitas dificuldades”

  • Por Nilson César
  • 06/08/2014 14h41

Goleiro falou ainda sobre a Seleção Brasileira

Folhapress Marcos descarta queda do Palmeiras

Ídolo do Palmeiras e querido por todas as torcidas do Brasil, o ex-goleiro Marcos falou ao microfone da Jovem Pan e comentou sobre a situação do Palmeiras, que vai mal das pernas no Campeonato Brasileiro e dá indícios de que vai brigar para não cair na competição. Ícone do Verdão durante a sua carreira profissional, o Santo do Palestra Itália não acredita num novo rebaixamento da equipe, mas relembra que é necessário sair desta má fase o quanto antes, pois a pressão ficará ainda maior e as dificuldades aumentarão.

“Eu não acredito que isso vá acontecer, mas vemos as dificuldades nos jogos do Palmeiras. O jogo contra o Bahia era para ter ganhado os três pontos. Vai ter dificuldade agora no fim de semana também. A pontuação é sempre bem-vinda, porque se você cai na zona de rebaixamento, depois fica muito complicado para sair. É pressão para todo lado e o time não consegue jogar. Já passamos por isso duas vezes, mas estamos torcendo para que o time encaixe e possa sair dessa”, desejou.

Segundo o arqueiro, todo time vive um período ruim em sua história e nem sempre se faz um time vencedor com apenas jogadores de nome. Para ele, é mais importante ter atletas com vontade no elenco. “Já vimos muitos times que contratam ‘refugos’, o time encaixa e acaba se tornando campeão”, contou.

Sem ter dinheiro para montar um elenco competitivo há alguns anos, o Verdão vem sofrendo temporada após temporada para se igualar aos seus principais rivais do estado. São Marcos passou por inúmeras diretorias dentro do clube e acredita que a difícil situação econômica do clube se dá por conta de gestões que não deram certo.

“Talvez algumas administrações que não deram certo, é difícil saber. Algumas contratações vem, o treinador vai embora e o atletas que ficam não resolvem, altos salários. Uma equipe que não empolga o torcedor que vai ao estádio. O torcedor do Palmeiras vai a campo porque é muito apaixonado pelo time e tem esperança”, tentou explicar. “Tem que dar um produto para o torcedor consumir”, complementou.

Campeão Mundial em 2002, Marcos não vê problema em auxiliar Seleção de Dunga

Goleiro titular no pentacampeonato, Marcos vê o nome de Dunga ligado a Seleção Brasileira para tentar dar um ar mais profissional, cortando o clima de “oba-oba”, fato muito criticado por muitas pessoas durante a disputa da última Copa do Mundo. Com o anuncio de que ex-jogadores que passaram pelo Brasil seriam chamados para trabalharem como “auxiliares” e transmitir o conhecimento adquirido ao longo dos anos, o palmeirense não sabe se acrescentaria muito caso fosse chamado, mas não descartou aceitar uma possível proposta.

“Acho que dentro do campo, numa comissão técnica, eu tenho muito pouco a acrescentar. Eu não sei como vai ser esse sistema. A cada dois jogos parece que vai ter um ex-jogador ali, foi o que eu vi o pessoal falando. Se me chamarem, vou tentar me preparar para os jogos, os caras avisam antes. Vamos ver como vai ser o sistema e nós como brasileiros, ficamos torcendo”, falou, sempre com o bom humor que lhe é característico.

Marcão descartou qualquer possibilidade de ser treinador. Alegando a vida difícil da profissão, que conta com diversas variáveis para o sucesso, como a montagem de um time competitivo, o ex-atleta afirma preferir ainda curtir um pouco mais a sua família.

“É muito difícil ser treinador. Você tem que pegar um time arrumado, ou pega um que não há como contratar. Estou curtindo a minha família. Claro que mais tarde vou procurar voltar para o mercado, mas vou fugir de certas coisas em que você ganha dinheiro, mas acaba perdendo a saúde”, brincou.

Famoso por seu carisma dentro e fora dos gramados, São Marcos vê a Copa do Mundo de 2002 e a Libertadores de 1999 como os títulos mais importantes de sua carreira. “Pelo reconhecimento nacional, foi o do mundial de 2002. Talvez pelo Palmeiras tenha sido a Libertadores”.

O goleiro ainda tentou explicar o motivo de ser querido por todas as torcidas. Sem saber o que responder, Marcão creditou o fato para suas entrevistas polêmicas após alguns jogos.

“Difícil saber. Vai ver é porque eu saia de campo e falava uns absurdos e os torcedores acabavam se identificando”, completou.

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