Marcos Rojo e Enzo Pérez: Adaptações bem-sucedidas

  • Por Agencia EFE
  • 08/07/2014 21h35
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Antonio Torres del Cerro.

São Paulo, 8 jul (EFE).- A capacidade de adaptação é uma das chaves para o sucesso em qualquer profissão, e no futebol não é diferente. Na Argentina, o lateral Marcos Rojo, que volta de suspensão, e o meia Enzo Pérez, substituto de Ángel di María, são bons exemplos disso.

Prováveis titulares nesta quarta-feira na semifinal contra a Holanda, os ex-jogadores do Estudiantes de la Plata conseguiram se adaptar a outras funções.

Rojo, de 24 anos, é jogador do Sporting desde 2012. Na última temporada, ele atuou principalmente como zagueiro e não como lateral-esquerdo, posição na qual atuou apenas em situações excepcionais.

Em 25 jogos no Campeonato Português, o jogador exibiu poder ofensivo ao marcar quatro gols. Ao mesmo tempo, ele demonstrou ser impulsivo em algumas jogadas: recebeu nove cartões amarelos e dois vermelhos (um direto e outro por acúmulo de amarelos).

Na Copa do Mundo, ele não fez muitas faltas (cinco em quatro jogos), mas recebeu dois amarelos. Sua especialidade, no entanto, se tornou outra: Rojo roubou 31 bolas.

Com o técnico Alejandro Sabella, que o comandou no Estudantes (2009-2011), o jogador foi deslocado para a lateral. E só não jogou as quartas de final contra a Bélgica por suspensão. Com 1m89 de altura, ele é rápido e agressivo na marcação. Duas características fundamentais para marcar a estrela da seleção holandesa, Arjen Robben.

Enzo Pérez, a outra novidade de Sabella para o duelo contra a Holanda, também é um exemplo de jogador polivalente. Também comandado pelo técnico no Estudiantes, o atleta foi contratado pelo Benfica em 2011 para atuar como meia. A forte concorrência em sua posição, os problemas na adaptação ao futebol europeu e um mal-entendido com seu representante fizeram com que o jogador ficasse insatisfeito.

No primeiro trimestre de 2012, ele se recusou a voltar à Lisboa após as férias para o Natal e retornou ao Estudiantes por empréstimo. Mas na temporada 2012-2013 o treinador do da equipe portuguesa, Jorge Jesus, teve um problema em seu elenco. Axel Witsel e Javi García foram vendidos para o Zenit São Petersburgo e Manchester City, respectivamente. Com Nemanja Matic como substituto do segundo, o treinador escolheu Enzo para ser seu segundo volante. Deu certo. Nessa temporada, ele foi eleito o melhor jogador do Português.

Pérez, de 28 anos, jogou durante 60 minutos nas quartas, em que Di María saiu lesionado. Sua entrada na equipe encorpou o meio.

Qualidade técnica, capacidade física e boa colocação tática fazem dele um jogador que qualquer técnico deseja. EFE

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