Marin recusa deleção premiada e tenta acordo por prisão domiciliar, diz jornal
Ao contrário do pretendido pela Justiça dos Estados Unidos, José Maria Marin, ex-presidente da CFB (Confederação Brasileira de Futebol), não deseja colaborar com as investigações do FBI – a Polícia Federal dos EUA -, no caso de corrupção na Fifa. A informação é trazida pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, nesta quarta-feira.
Segundo a publicação, Marin, de 83 anos, preso em Zurique, na Suíça, desde 27 de maio, juntamente com outros seis cartolas ligados à Fifa, todos acusados de corrupção, estararia negociando uma fiança milionária na tentativa de trocar prisão em regime fechado por uma domiciliar. O ex-dirigente pode ser extraditado para os Estados Unidos em breve, onde possui uma residência em Nova York.
De acordo com a matéria, Marin tem se recusado a falar sobre sua atuação como dirigente da CBF com as autoridades suíças e já teria afirmado que não tem intenção de prestar esclarecimentos á CPI do Futebol, coordenada pelo senador Romário (PSB-RJ), que visa investigar possíveis irregularidades em contratos da entidade brasileira, assim como o futebol do Brasil.
Ainda segundo a reportagem, a intenção do FBI é que Marin pudesse ter papel semelhante ao do empresário José Hawilla, dono da Traffic, que aceitou a delação premiada e não foi preso na mesma investigação que levou o ex-presidente da CBF para a cadeia. Hawilla também teve de pagar multa que seria de US$ 151 milhões (cerca de R$ 582 milhões).
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