Mas bah tchê! Dominante, Rio Grande do Sul põe 4º técnico seguido na Seleção

  • Por Jovem Pan
  • 14/06/2016 18h48
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Agência Corinthians Segundo Tite

CBF agiu rápido: dias depois de oficializar a demissão de Dunga, anunciou o nome do novo técnico. Tite irá comandar a Seleção Brasileira. A troca não surpreende – até porque, hoje, é possível dizer que os dois treinadores ocupam posições extremas no imaginário popular. O primeiro, depois de mais uma passagem conturbada pela Seleção, sai do cargo com status de “vilão”. O segundo, por sua vez, pinta como um potencial “herói”, dono de currículo pesado o suficiente para resgatar a força do futebol verde-amarelo. Opostos? Não necessariamente. Há um elo entre Dunga e Tite. Ambos são gaúchos. 

E não só eles. Desde 2006, quando o carioca Carlos Alberto Parreira foi demitido após eliminação para a França nas quartas de final da Copa do Mundo, todos os treinadores que ocuparam o banco de reservas da Seleção Brasileira nasceram no Rio Grande do Sul.

Nascido em Caxias do Sul, Tite é o quarto gaúcho seguido a alcançar o comando técnico da Seleção Brasileira. Antes dele, Dunga (duas vezes), Mano Menezes e Luiz Felipe Scolari ocuparam o cargo mais importante do futebol nacional. O que todos têm em comum? A origem no Rio Grande do Sul.

Nenhum dos três teve lá tanto sucesso na Seleção desde 2006, é verdade. Houve até alguns lampejos, como as conquistas de duas Copas das Confederações e um promissor início de reformulação com Mano, mas é inegável que, hoje, Tite chega à Seleção com uma enorme responsabilidade nas costas: a de extrair o máximo de uma geração que, se não se faz brilhante, também não é tão ruim quanto teimam em pintar.  

As consecutivas eliminações para Paraguai e Peru, definitivamente, não condizem com o potencial de uma Seleção que, à sua disposição, conta com jogadores do calibre de Diego Alves, Thiago Silva, Marcelo, Casemiro, Philippe Coutinho, Willian, Douglas Costa e Neymar. 

O desafio de Tite será transformar excelentes valores individuais em uma equipe coletivamente forte. Em tempos de pouco espaço, muita cooperação e, principalmente, sobreposição das questões táticas às técnicas, é urgente que se pense mais o futebol como ciência – e não religião. 

Tite vai encarar o maior desafio de sua carreira, isto é inegável. E o Rio Grande do Sul, responsável por formar o último técnico campeão mundial com a Seleção, será testado novamente – desta vez, porém, com o sujeito que, ao lado de Cuca, Mano Menezes e Roger Machado, mais tem ajudado a derrubar o estereótipo dos técnicos nascidos no estado. Nada de retranca e estilo “militar”. Com Tite, a nova Seleção Brasileira promete apresentar evoluções táticas e conceitos modernos. É isto, pelo menos, o que se espera.

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