Mauro Silva prega recuperação de clubes do interior para melhorar futebol brasileiro

  • Por Jovem Pan
  • 26/10/2015 17h33
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SÃO PAULO, SP, 26.10.2015: FUTEBOL-PAULISTA - O ex-jogador Mauro Silva na coletiva de apresentação do novo plano de marketing da Federação Paulista de Futebol, no prédio da FPF em São Paulo, nesta segunda-feira (26). (Foto: Marcelo D. Sants/FramePhoto/Folhapress) Folhapress Mauro Silva na FPF

Dez anos depois de se aposentar dos gramados, o ex-volante Mauro Silva continua trabalhando firme no futebol, mas agora nos bastidores. Convidado pela Federação Paulista de Futebol (FPF) para trabalhar no comitê de integração, o campeão mundial com a Seleção em 1994 tem conversa com clubes e jogadores para aproximá-los da entidade que comanda o futebol em São Paulo. Depois de uma reunião na sede da FPF neste segunda-feira, ele falou mais sobre suas ideias.

“Melhorar o futebol brasileiro e fortalecer a Seleção Brasileira passa por fortalecer os clubes do interior. Eu acho que quando a gente tem qualquer projeto, temos de ter claro na nossa cabeça para quem esse projeto é bom e se vamos fortalecer os clubes pequenos e do interior para o campeonato ser melhor e eles voltarem a revelar jogadores”, disse o ídolo do La Coruña, da Espanha. “O problema do futebol brasileiro é estrutural. Se a gente quiser resolvê-lo começando pela Seleção, acho que é um erro. Se a gente rever o trabalho de base o dos clubes do interior, podemos melhorar o futebol brasileiro”.

Mauro Silva falou sobre como começou o trabalho na Federação Paulista. “O futebol transformou minha vida e a vida da minha família. Eu sou o primeiro a reconhecer que o momento do futebol é muito ruim, no exterior e aqui no Brasil. Eu vi o convite da Federação como uma oportunidade de mudança de direção. Obviamente nós não chegamos nessa situação de uma hora pra outra, foram muitos anos onde o futebol, nosso principal produto cultural, foi muito maltratado. Agora é o momento de mudar de direção”, afirmou.

Para o ex-volante, a melhor forma de driblar a desconfiança do torcedor brasileiro é por meio de ações concretas. “O torcedor não é obrigado a acreditar (no trabalho da FPF). Nós é que temos de trabalhar muito para conquistar a confiança. Eu estou visitando clubes, estou falando com atletas, estou conversando com técnicos, estou trazendo o pessoal para a Federação, tem um comitê médico da Federação que está fornecendo medicina esportiva para todos os ex-atletas. Ou seja, acho que já tem uma série de medidas que já são realidade. É assim que a Federação pode conquistar a confiança não só dos torcedores, mas de todo o mercado, para as pessoas verem o que estamos fazendo”, pregou Mauro Silva.

Por fim, ele deu exemplos do que tem discutido com jogadores e treinadores. “A preocupação principal são os salários em dia, isso é básico para que o jogador possa trabalhar com tranquilidade. Outra questão é ir a estádios onde não se pode aquecer no campo, e em todas as grandes competições os atletas aquecem no campo, conheçem o gramado, inclusive me atrevo a dizer que isso evita lesões. Então não tem pé nem cabeça não permitir que os atletas aqueçam no campo”, disse.  No entanto, sobre outra reivindicação dos clubes, a possibilidade de inscrever mais do que 28 atletas no Paulistão, Mauri Silva afirmou não ter nenhuma definição.

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