Médico que dopou campeão olímpico sul-coreano é acusado de negligência
Seul, 6 fev (EFE).- A promotoria da Coreia do Sul acusou nesta sexta-feira de negligência profissional o médico que injetou testosterona no nadador sul-coreano Park Tae-hwan, campeão olímpico e mundial que testou positivo para a substância em um exame antidoping.
O médico, identificado apenas pelo sobrenome Kim, aplicou uma injeção no atleta, em julho do ano passado, sem revelar que ela continha testosterona. Ele também não teria explicado os riscos e os efeitos secundários das substâncias, segundo as acusações apresentadas pelos promotores.
A promotoria, que anunciou hoje em Seul os resultados da investigação, considerou que o doutor não tinha consciência de que a testosterona era uma substância proibida pela Agência Mundial Antidoping (AMA).
Em todo caso, como Kim se recusou a explicar o conteúdo da injeção apesar dos pedidos do atleta, ele descumpriu a obrigação médica de passar aos pacientes todas informações sobre os remédios prescritos.
Park Tae-hwan, ouro nos 400 metros livres nos Jogos Olímpicos de Pequim, comparecerá em uma audiência da Federação Internacional de Natação (Fina), marcada para o dia 27 de fevereiro, na Suíça, após a confirmação da presença da substância em dois testes realizados com sua urina.
O exame que detectou o doping de Park ocorreu antes do início dos Jogos Asiáticos, realizados em Incheon, na Coreia do Sul, nos quais o nadador levou uma medalha de prata e outras cinco de bronze.
Acredita-se que a Fina pode retirar essas últimas conquistas do atleta e deixá-lo dois anos longe das piscinas como forma de punição.
Park foi o primeiro sul-coreano da história a ganhar uma medalha de ouro olímpico na natação. Além disso, ele também conquistou a prata nos 200 metros do mesmo estilo nos Jogos Olímpicos de Pequim.
Em Londres-2012, ele ficou com a segunda posição em ambas as provas. EFE
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