Meia da seleção sub-20 acusa uruguaio de racismo e pede providências
O Brasil não conseguiu sair do zero diante do Uruguai, em partida válida pela primeira rodada do hexagonal final do Sul-Americano sub-20. Não foi isso, porém, que deixou o meia Marcos Guilherme revoltado ao deixar o gramado do Estádio Centenário, em Montividéu, na noite desta segunda-feira (26). Em entrevista ao canal televisivo “Sportv”, o brasileiro disse ter sofrido repetidas ofensas racistas do meia uruguaio Facundo Castro.
“Cinco vezes o cara me chamou de macaco. Teve várias situações dessa no Brasil afora e hoje mais uma vez aconteceu. Ele me chamou de macaco cinco vezes, alguém tem que tomar uma atitude senão isso não vai parar nunca”, disse o meia 19 anos, que defende o Atlético-PR. al
Indignado, Marcos Guilherme prometeu tomar providências sobre o ocorrido. “Vamos além. Isso não pode acontecer. Vários fatos ocorreram, caso do Aranha, do Tinga, do Arouca, e ninguém toma providência. Estamos representando um país, fazendo nosso trabalho, somos profissionais, nossa família está em casa, torcendo pela gente, e vê isso, a gente sofrer racismo no meio do campo, no meio do nosso trabalho. Acho isso lamentável”, afirmou.
Apoiado pelo técnico Alexandre Gallo, que pediu providências à Comenbol, Marcos Guilherme se mostrou disposto a levar o caso adiante na justiça. “Vamos levar isso à frente para ver se alguém toma providência. Foi o número 7, falou alto e claro umas cinco vezes para mim, nem tapou a boca, nada. Tem que ver se a câmera pegou, vai ajudar muito. Nunca esperava passar por isso. Não estou falando para querer fazer média ou dar uma de coitado, mas isso não pode acontecer”, finalizou.
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