Mercedes e Hamilton desbancam hegemonia de Red Bull e Vettel
Mercedes e Lewis Hamilton acabaram com a hegemonia de Red Bull e Sebastian Vettel na Fórmula 1, que durava quatro temporadas, em ano de retormada para Felipe Massa na Fórmula 1, vice-campeonato de Hélio Castroneves na Fórmula Indy, terceiro lugar de Felipe Nasr na GP2 e título de Rubens Barrichello na Stock Car.
O ano de 2014 começou na categoria com mudança importantes no regulamento, principalmente no que dizia respeito aos motores, com adoção dos turbocomprimidos V6 de 1600 cilindradas. Desde os primeiros testes, ficou claro que a equipe austro-britânica, tetracampeã da categoria, não conseguiria se manter no topo.
Enquanto a Red Bull encontrava problemas para desenvolver o carro, a Mercedes ia andando bem, com Hamilton e o alemão Nico Rosberg, amigos de longa data. Com a competição em andamento e diversas batalhas nas pistas, principalmente nos Grandes Prêmios de Mônaco, Áustria e Bélgica.
A equipe chegou a se irritar com jogo de “esconde” de informações em treinos, além disso, dupla chegou a se chocar na pista, ainda assim, chegaram a última prova lutando pelo título. Hamilton venceu o GP de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, que teve pontuação dobrada, segundo novidade do regulamento para a última prova, e se sagrou campeão.
Felipe Massa, por sua vez, se reencontrou na Fórmula 1, depois um fim de passagem melancólico pela Ferrari. Na Williams, com status de candidato a título, o brasileiro começou com muitas dificuldades, “comendo poeira” do companheiro, o finlandês Valteri Bottas.
Na reta final, no entanto, Massa subiu de produção, chegando a subir no pódio três vezes, inclusive na última prova da temporada, no GP de Abu Dhabi. Com 134, o paulista terminou na sétima colocação, 52 pontos atrás de Bottas, reduzindo o estrago feito nas primeiras provas.
O ano de 2014, no entanto, chega ao fim com uma grave interrogação na Fórmula 1, devido aos problemas financeiros de Caterham e Marussia, que chegaram a se afastar da disputa – a segunda foi extinta -, e também de Lotus, Sauber, Force India. A Federação Internacional de Automobilismo (FIA), chegou a lançar alerta.
“Estas ausências voltam a apresentar a questão do equilíbrio econômico do Mundial de Fórmula 1, e justificam a posição, expressada muitas vezes pela FIA, em favor de qualquer iniciativa que ajude a reduzir os custos para assegurar a sobreviência do atual grid e atrair potenciais novas equipes”, apontou a entidade em comunicado.
Certo para 2015 é a chegada de Felipe Nasr à categoria, na Sauber. Piloto de testes da Williams, disputou nesta temporada a GP2, terminando atrás do britânico Jolyon Palmer e do belga Stoffel Vandoorne, campeão e vice, respectivamente.
Na Fórmula Indy, o Brasil sofreu duro golpe com o cancelamento do Grande Prêmio que era realizado em São Paulo – na MotoGP o país também não conseguiu emplacar prova, com o cancelamento de etapa programada para acontecer em Brasília -, mas com a competição em andamento, os pilotos do país mostraram força, lutando pelo título até o fim da temporada.
Hélio Castroneves terminou como vice-campeão da temporada, atrás do seu companheiro de Penske, o australiano Will Power. Tony Kannan, da Chip Ganassi, venceu a prova final, no Grande Prêmio de Fontana, nos Estados Unidos, e terminou a temporada na sétima colocação.
Já na MotoGP, o dono absoluto do ano foi o espanhol Marc Márquez, da Honda, que venceu as 10 corridas iniciais da temporada. O bicampeonato mundial foi selado com quatro provas de antecedência, no GP do Japão, em que terminou na segunda colocação.
O italiano Valentino Rossi, por sua vez, foi vice-campeão, e de quebra, encerrou jejum de cinco anos sem vitórias na principal categoria de motovelocidade do mundo. O espanhol Esteve Rabat venceu na Moto2, e o irmão de Marc Márquez, Álex, levantou a taça na Moto3.
O ano nos esportes a motor foi aberto, como é tradição, pelo Rali Dacar. Os vencedores deste ano foram os espanhois Nani Roma, entre os carros, e Marc Coma, nas motos, o russo Andrey Karginov, nos caminhões, e o chileno Ignacio Casale, nos quadriciclos.
Na Stock Car, principal competição do Brasil, Rubens Barrichello encerrou jejum de 23 anos sem títulos, em sua segunda temporada na categoria. O veterano selou a conquista com o terceiro lugar no GP de Curitiba, última prova do ano da categoria.
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