Mesmo em ano movimentado, Arena Amazônia dá prejuízo de mais de R$ 5 milhões
No mesmo ano em que recebeu um jogo da Seleção Brasileira, partidas da Olimpíada Rio-2016 e dois clássicos cariocas, a Arena Amazônia deu um prejuízo de pouco mais de R$ 5,4 milhões ao governo do Estado do Amazonas. Os números foram apresentados pela Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), que administra a Arena, e ainda não consideram os resultados do torneio internacional de futebol feminino realizado em dezembro no estádio.
Construído debaixo da sombra de ser para sempre um elefante branco, a Arena custou R$ 6,5 milhões em manutenção para o governo estadual em 2016. Por outro lado, apenas R$ 1,07 milhão foi arrecadado com eventos no estádio.
O governo tem cobrado taxas baixas de organizadores que desejam alugar o estádio. Em setembro, por exemplo, Brasil e Colômbia jogaram em Manaus pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. A partida teve renda bruta de R$ 5,8 milhões, mas só 7% deste valor ficou com a Sejel. Ou seja, apenas R$ 408 mil. Da mesma forma, os 44.419 pagantes do clássico entre Flamengo e Vasco, pela semifinal do Carioca, em abril, deixaram só R$ 341 mil para o governo estadual.
O balanço da secretaria mostra que a Arena Amazônia recebeu 45 partidas de futebol em 2016. A enorme maioria delas, porém, envolveu times locais, que não pagam pelo aluguel. Nesta lista aparecem o duelo entre Iranduba e Centro Olímpico, na final do Brasileiro Sub-20 feminino, que, com 17.322 pessoas, registrou o maior público de uma partida interclubes do futebol feminino. Também a decisão do Campeonato Amazonense de Futebol Americano, na última quinta-feira, reuniu público considerável: mais de 8 mil pessoas. Mas não houve cobrança de ingresso.
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