Ministério Público entra com embargo de declaração contra CBF
A Portuguesa confirmou que na próxima semana entrará na Justiça Comum contra o rebaixamento. O Ministério Público de São Paulo, que também tem realizado ações para tentar suspender a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva de retirar os pontos da Portuguesa, anunciou que entrou com um recurso, já que a última liminar pedida foi cassada.
O promotor Roberto Senise Lisboa informou à Jovem Pan que o MP buscou um recurso chamado embargo de declaração, alegando que o juiz que apreciou os pedidos decidiu sem se basear em nenhum dos outros pedidos. “Ele agiu com omissão. Limitou-se a falar com palavras o que o STJD já havia decidido em dezembro do ano passado”.
Ele explicou ainda que o STJD em nenhum momento enfrentou a questão colocada pelo Ministério Público, de que o Artigo 35 do Estatuto do Torcedor é uma lei federal que deve ser aplicada para todas as decisões da justiça desportiva, independente das leis do STJD.
“Para relembrar o artigo 35 dia que a CBF tem que publicar no site o resultado do julgamento, e a punição só vale após a publicação no site. Eles podem publicar no mesmo dia, como já fizeram em outras ocasiões, mas neste caso não fizeram e agora querem imputar a responsabilidade sobre o Flamengo e a Portuguesa”.
A decisão do juiz deve sair até quarta ou quinta-feira desta semana, e Senise destaca que esta ação não interfere na entrada da Portuguesa na justiça comum. “O Ministério Público não defende diretamente a Portuguesa, mas sim os direitos dos torcedores, que devem ter a informação prévia e adequada das decisões da justiça desportiva”.
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