Ministro garante efetivo policial com mais de 22,8 mil homens para Rio 2016

  • Por Jovem Pan
  • 15/07/2016 13h15
Divulgação Raul Jungmann disse que o Rio se encontra em uma "delicada situação"

Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, confirmou que a pasta está fazendo uma “revisão dos procedimentos de segurança” para que, se houver qualquer falha existente, que esta seja prontamente resolvida.

“Isso vai significar mais segurança e um certo desconforto a mais para quem for assistir às Olimpíadas, seja estrangeiro ou brasileiro. Porque terá esquema de revista, checagem de pontos, checagem de identificação e tudo mais. Será mais rigorosa do que já era, mas é o que temos que fazer para a segurança de todos que vêm participar ou acompanhar os Jogos Olímpicos”, ponderou.

A 21 dias do início dos Jogos no Rio de Janeiro, o ministro destacou o aumento do efetivo policial presente no Estado. Anteriormente, o número de policiais que seriam destinados à segurança durantes os Jogos estava em 18 mil homens. “Agora são 22 mil e 850 homens no Rio de Janeiro. Para se ter uma ideia, ao dia são de sete a oito mil homens. Quase sete vezes mais segurança que um dia normal”, destacou Jungman. Outros 3,2 mil agentes de segurança estão “em reserva”, para caso seja necessário.

A Força Nacional realizará a segurança dentro das arenas competitivas, enquanto as Forças Armadas atuarão de modo ostensivo do lado de fora destas, além de estar presente em estações ferroviárias, no Aeroporto Tom Jobim, linhas Amarela e Vermelha, orla e Avenida Brasil.

Em relação a centrais de inteligência, o ministro ressaltou o trabalho conjunto com outros mais de 100 países. “Estamos monitorando tanto dentro quanto fora do País. Temos perceria com serviços secretos de diversos países. As Olimpíadas terão um centro internacional de inteligência. Serão 106 representantes de instituições de inteligência. Criamos também um centro integrado contra o terrorismo”, explicou.

O Comitê Olímpico Internacional possui um caderno de encargos relacionados à segurança e, segundo o ministro da Defesa, “está sendo 100% cumprido”.

Quanto aos “lobos solitários”, Jungmann destacou o trabalho que está sendo feito com motoristas de transportes públicos, táxis, e outros trabalhadores para sensibilizá-los quanto a qualquer atitude que possa parecer suspeita. “Um lobo é muito difícil de detectar, veja o que aconteceu na Boate Pulse, no Bataclan e agora”.

Jungamnn disse ainda que conversou com a embaixadora dos Estados Unidos e que esta o garantiu que o serviços do país está alinhado e que o fluxo de informações é bom. “Lá nos Estados Unidos não identificaram potencial ameaça. Nenhum outro órgão de inteligência nos mostrou indicativo, mas a gente não baixa a guarda. Estamos revisando o que tínhamos anteriormente e estamos colocando mais homens”, completou.

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