Missão ingrata: Bravo tentará parar o amigo Messi na final da Copa América
No atual futebol globalizado, jogadores de diferentes países se encontram em clubes estrangeiros (geralmente da Europa), se tornam colegas, às vezes amigos, e então se encontram, frente a frente, em um confronto entre seleções. Quem não se lembra da famosa cena da conversa cordial entre Deco e Giovanni Van Bronckhorst após os dois, companheiros de Barcelona, serem expulsos na partida entre Portugal e Holanda na Copa do Mundo de 2006, considerado o jogo mais violento de todas as Copas?
A final da Copa América 2015, neste sábado (4), também promoverá um encontro desses, e novamente entre dois jogadores do Barcelona. O goleiro Claudio Bravo, do Chile, tentará impedir as finalizações de Lionel Messi, o craque da Argentina. Juntos, eles conquistaram três títulos na temporada 2014-2015: Campeonato Espanhol, Copa do Rei da Espanha e Liga dos Campeões.
Devido ao rodízio de goleiros implantado pelo técnico Luis Enrique, Bravo disputou os jogos do Espanhol, enquanto os outros dois torneios tiveram o alemão Ter Stegen como titular. Ainda assim, o arqueiro fez uma boa temporada: sofreu apenas 21 gols e passou 23 partidas sem ser vazado, fazendo parte da melhor defesa do campeonato. Messi, por outro lado, ficou na segunda colocação na tabela de artilharia, com “apenas” 43 gols marcados, cinco a menos que Cristiano Ronaldo.
Além de Messi, Bravo enfrentará Mascherano, também colega no Barça. Entretanto, o chileno não deve ver o volante com tanta frequência, uma vez que o ex-corintiano dificilmente aparece na área para finalizar. A questão será justamente parar o camisa 10 portenho. Para isso, o goleiro, capitão da seleção roja, não acredita em marcação individual. “Não é fácil, dada a habilidade de Leo. Se você olhar o que ele fez na carreira é incrível, mas não vamos destacar um homem para ele durante os 90 minutos da partida”, disse em entrevista coletiva na quinta-feira (2).
Bravo também falou sobre a experiência de enfrentar os dois amigos na final do torneio. “É um privilégio jogar contra dois dos meus colegas de clube. Espero que não joguem como fazem muitas vezes no meu clube”, brincou. Apesar do privilégio, os três não poderão conquistar juntos o quarto título na temporada. A decisão acontece no sábado (4), a partir das 17h.
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