Modesto nega proposta de chineses por Ricardo Oliveira e ameaça notificar a Fifa

  • Por Jovem Pan
  • 24/02/2016 17h26
Ana Cichon/Jovem Pan Modesto Roma Júnior

O presidente do Santos, Modesto Roma Junior, falou nesta quarta-feira (24) em entrevista coletiva na qual era esperado o anúncio da venda de Ricardo Oliveira ao Beijing Guoan, da China. No entanto, o que aconteceu foi o contrário: o mandatário anunciou que recusou a proposta do clube que contratou Ralf e Renato Augusto (apesar de não revelar o valor dela), deu declarações fortes e afirmou que mandará uma notificação à Fifa por conta do caso.

“Fixamos a saída do Ricardo em 12 milhões de euros (cerca de R$ 52,31 milhões). Entendemos que é um preço para o Santos ir ao mercado e conseguir um substituto para ele”, disse Modesto. “Os chineses precisam aprender que clube brasileiro não é mercado chinês. Não é chegar e levar. Estamos fazendo notificação à Fifa. Chega dessa palhaçada”, bradou o dirigente, que também criticou empresários envolvidos na negociação. “Queriam a liberação de graça. Acho um absurdo o que esses empresários pensam”.

A notificação que será enviada à Fifa critica o clube chinês por ter tratado com Ricardo Oliveira antes de falar com o Santos, com quem tem contrato até 31 de dezembro de 2017 com multa rescisória de 50 milhões de euros (R$ 217,72 milhões). Segundo a diretoria santista, essa atitude é “uma clara violação das regras da Fifa”.

Depois de exibir o documento, o presidente falou sobre a posição do jogador. “O Ricardo externou o desejo de sair. A decisão do Comitê foi posterior à saída dele da reunião. Tivemos outra reunião depois. Durante essa reunião pessoal do Comitê definiu que a saída é por 12 milhões de euros. Ricardo Oliveira é um sujeito digno, de palavra e boa formação, não é um canalha”, afirmou Modesto.

No entanto, a novela ainda não se encerrou. Caso o Beijung Guoan aceita pagar o valor pedido pelo Santos, o artilheiro pode se transferir. Mas a negociação tem de ser rápida: na sexta-feira se fecha a janela de transferências do Brasil para a China. “Faz parte do jogo. Nos abraçamos no final e ele foi embora. Disse ao Ricardo que não tenho poder para decidir isso isoladamente. Ele tem que entender que estamos em cima da hora. A agilidade é dele, não mais nossa”, concluiu o presidente do Santos.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.