Monstro! Roberto Carlos faz 43 anos e deixa cada vez mais saudades

  • Por Jovem Pan
  • 06/04/2016 18h38
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Facebook/Reprodução Hoje treinador na Índia

Fazia tempo que a lateral-esquerda não dava tantos problemas para a Seleção Brasileira. Hoje, a posição tinha tudo para ser de Marcelo, mas o jogador do Real Madrid parece não gozar de prestígio junto a Dunga, que até se envolveu em polêmica com o canhoto ao não convocá-lo para os últimos jogos das Eliminatórias. Filipe Luís e Alex Sandro foram chamado, mas, definitivamente, não possuem o mesmo nível do atleta merengue. Há problemas no lado esquerdo da defesa brasileira. Algo impensável há algum tempo. Afinal, Roberto Carlos ainda jogava – como conta a reportagem especial de André Ranieri, da Rádio Jovem Pan, que pode ser ouvida no player ao lado. 

Pentacampeão mundial com a Seleção Brasileira em 2002, o ex-lateral-esquerdo é considerado um dos melhores jogadores da posição em todos os tempos. Forte fisicamente e tão aplicado na defesa quanto no ataque, Roberto Carlos foi um dos atletas mais talentosos que já atuaram como lateral na história. Dono de um canhão na perna esquerda, tinha um chute para lá de potente e, além de bom cruzador, era um excelente cobrador de faltas. Neste domingo, 10 de abril de 2015, ele faz 43 anos de idade. 

E, quem diria, hoje Roberto Carlos dá saudades aos torcedores canarinhos. O “quem diria” se justifica pelas constantes críticas que o jogador sofria ao vestir a camisa verde e amarela. Como sempre, as falhas do atleta repercutiam mais do que os acertos, e ele saiu de duas Copas do Mundo como vilão. Em 1998, fez embaixadinhas no campo de defesa e cedeu o escanteio que originou o primeiro gol de Zidane na final. Já oito anos depois, arrumava a meia enquanto Thierry Henry, livre, balançava as redes da Seleção nas quartas de final. Os dois erros de Roberto Carlos contra a França fizeram o torcedor brasileiro se esquecer do quão talentoso e qualificado o lateral era. 

Roberto Carlos foi revelado pelo União São João de Araras, do interior paulista, mas ganhou fama nacional ao se transferir ao Palmeiras em 1993, aos 19 anos de idade. Aposta da Parmalat, o canhoto tomou conta da lateral-esquerda alviverde e foi um dos pilares do espetacular time que encantou o Brasil no início dos anos 90. Em pouco mais de dois anos no Palmeiras, o jogador ganhou dois Brasileiros, dois Paulistas e uma Copa Rio-São Paulo. Não à toa, transferiu-se ao futebol europeu rapidamente. 

Em 1995, o lateral-esquerdo já jogava na Inter de Milão. Um ano depois, defendia as cores do Real Madrid. No clube espanhol, maior campeão da história da Europa, Roberto Carlos virou lenda. Foi capitão, tetracampeão espanhol, tri da Liga dos Campeões da Europa e bi mundial. Um absurdo. Ele só saiu do Real em 2007, aos 34 anos, para jogar no Fenerbahce. Do time turco, transferiu-se ao Corinthians, em 2010, para atuar ao lado do amigo Ronaldo. Apesar de não ter conquistado nenhum título com a camisa alvinegra, fez boas partidas e mostrou o seu valor. A passagem não durou nem dois anos, e, já em fim de carreira, ele passou a atuar em centros mais alternativos, como Rússia e Índia.  

Hoje, Roberto Carlos é técnico de futebol. Depois de dois anos trabalhando nos bancos de reservas turcos, o canhoto agora atua como treinador do Delhi Dynamos, da Índia. Ou melhor: não apenas como treinador. O brasileiro já entrou em campo e matou as saudades da carreira de jogador no time indiano. Nada de tão espetacular foi feito, mas os breves momentos de volta às quatro linhas já serviram para dar ainda mais nostalgia aos torcedores que, hoje, perdem os cabelos com a falta de segurança na lateral-esquerda verde e amarela.

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