Mortal nos contra-ataques, Santos vence o São Paulo e vai para a final

  • Por Jovem Pan
  • 19/04/2015 20h31
SANTOS, SP, 19.04.2015: PAULISTA/SANTOS-SÃO PAULO - Gol de Geuvânio - Partida entre Santos x São Paulo, válida pela semifinal do Campeonato Paulista de Futebol 2015, no Estádio Urbano Caldeira (Vila Belmiro), neste domingo (19), em Santos. (Foto: Ricardo Saibun/AGIF/Folhapress) Folhapress Com uma pintura que começou no campo de defesa

Após Corinthians e Palmeiras protagonizarem um duelo emocionante na primeira semifinal do Campeonato Paulista, Santos e São Paulo entraram na Vila Belmiro querendo manter o patamar do confronto anterior. Mesmo sem decisão por pênaltis, o SanSão teve tudo que um bom jogo precisa: dribles, raça, belas jogadas, momentos truncados e gols. Mas o Peixe saiu vencedor, por 2 a 1*, com um golaço de Geuvânio no primeiro tempo e um tento de Ricardo Oliveira, em contra-ataque, no segundo. O Tricolor ainda diminuiu no final do segundo tempo, mas nada que abalasse os meninos da Vila.

O duelo mostrou sua intensidade desde os primeiros movimentos. Por conta da entrega dos jogadores, em alguns momentos o jogo ficou preso e truncado; em outros, foi emocionante. Como quando Denílson recebeu de Ganso, bateu cruzado e por pouco não foi às redes; e, três minutos depois, Robinho dominou pela direita, invadiu a área, pedalou e soltou uma bomba. Rogério Ceni defendeu, o São Paulo pegou o contra-ataque e Wesley só não marcou porque David Braz apareceu para dar um carrinho preciso.

Geuvânio seguiu sendo perigoso. Em arremate da entrada da área, o atacante fez a bola passar raspando a trave esquerda. Aos 35 minutos, Robinho carregou a bola com embaixadinhas pelo meio de campo e serviu o camisa 11, que tentou o cruzamento rasteiro, afastado pela zaga. A insistência foi recompensada logo depois: Geuvânio dominou na intermediária do campo de defesa, avançou, não foi parado por ninguém e encheu o pé para fazer um golaço.

O Tricolor ainda tentou o empate antes do intervalo, chegando a pressionar em algumas confusões na área, mas falhou na hora de definir as jogadas. Pensando em resolver esse problema, Milton Cruz fez alteração audaciosa e voltou com Luís Fabiano no lugar de Paulo Miranda, deslocando Hudson para a lateral-direita. Entretanto, a primeira grande chance do segundo tempo foi de Pato: o atacante recebeu livre na área, pela esquerda, e chutou forte na rede pelo lado de fora.

A resposta santista contou com uma ajudinha do árbitro Raphael Claus. Quando o São Paulo saía jogando, a bola pegou no juiz e ficou na boa para Ricardo Oliveira marcar. O artilheiro do Peixe, no entanto, mandou para fora. Após essa chance desperdiçada, o ritmo da partida diminuiu, especialmente porque o Santos resolveu recuar, esperando para tentar o contra-ataque, e o Tricolor manteve uma posse de bola inofensiva, sem levar perigo ao goleiro Vladimir.

Com a entrada de Luís Fabiano, e posteriormente de Centurión, o São Paulo ficou mais ofensivo, mas só no papel. Na prática, sua posse de bola era inofensiva, e, com o passar do tempo, deixava espaços para o Peixe decidir a parada. Foi assim que Ricardo Oliveira perdeu um gol parecido com o de minutos atrás, desta vez acertando o pé da trave. Pouco depois, Chiquinho apareceu solto pela esquerda e cruzou rasteiro para o camisa 9, que só teve o trabalho de empurrar para as redes.

A partir de então, o Peixe só precisou esperar o tempo passar e ouvir os gritos de “olé” da torcida, imaginando ter resolvido a parada. Time e torcida só não contavam com o grande passe de Alexandre Pato que deixou, aos 41 minutos do segundo tempo, Luís Fabiano na cara do gol para marcar de cobertura. Era a hora do São Paulo ir para o tudo ou nada, e a pressão resultou em nada.

O Santos segurou a vitória até os 49 minutos e se classificou para enfrentar o Palmeiras na sua sétima final seguida do Paulistão. A primeira partida grande decisão será realizada no dia 26.

*Informação corrigida na noite deste domingo

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.