MP investigará uso de verbas irregulares da Petrobras nas obras do Itaquerão

  • Por Jovem Pan
  • 14/01/2015 12h45
SÃO PAULO,SP,01.06.2014:CORINTHIANS-BOTAFOGO - Visão geral do estádio partida entre Corinthians SP e Botafogo RJ válida pela Série A do Campeonato Brasileiro 2014 no Estádio Arena Corinthians em São Paulo (SP), neste domingo (01). (Foto: Rodrigo Gazzanel/Futura Press/Folhapress) Folhapress Evento teste na Arena Corinthians (Itaquerão) - Corinthians x Botafogo

Empresas responsáveis por obras da Arena Corinthians serão investigadas pelo Ministério Público, que vai apurar se houve utilização de verba indevida da Petrobrás na construção do estádio situado em Itaquera, na zona leste de São Paulo. A informação é do jornal Valor Econômico e foi confirmada pelo promotor de Justiça Valter Foleto Santin. É importante destacar que as investigações serão sobre as empresas envolvidas, principalmente na remoção de dutos da petrolífera do terreno e não concernem ao clube paulista.

De acordo com informações da publicação, o Ministério Público investigará cinco obras em São Paulo, que podem estar envolvidas com pagamento de propina para o doleiro Alberto Youssef, alvo da Operação Lava-Jato. Segundo informações do Valor, alguns inquéritos serão instaurados em até 30 dias.

O estádio corintiano foi construído pela Oderbrecht, uma das empresas investigadas pela Operação Lava-Jato. Construída em um terreno em Itaquera, no qual passavam dutos da Petrobras (que foram retirados em fevereiro de 2012). As empresas Transpetro e Sacs Construção e Montagem Ltda foram as responsáveis pela remoção.

A Transpetro, em nota oficial, afirmou que o “remanejamento dos dutos e seu custo foi de responsabilidade do consórcio construtor” e que “não fez ou recebeu qualquer pagamento”. A Orderbrecht, por sua vez, disse que ainda precisa de mais informações para se manifestar a respeito. Já a Sacs não respondeu à reportagem da publicação.

Conforme informações do Valor Econômico, a forte divulgação da imprensa sobre as irregularidades do doleiro, que estaria envolvido em 747 obras pelo país, foi o que motivou a investigação do Ministério Público.  

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