Mundial de basquete feminino tem Brasil querendo voltar a ser “grande”

  • Por Agencia EFE
  • 25/09/2014 22h03

Ancara, 25 set (EFE).- O Campeonato Mundial de basquete feminino será iniciado neste sábado na Turquia, com o Brasil tentando voltar a integrar o grupo das protagonistas da modalidade, e os Estados Unidos querendo manter a hegemonia, apesar de tropeço recente.

A competição será disputada por 16 seleções, que estão divididas em quatro grupos. As três primeiras de cada chave avançam de fase, com os líderes indo direto para às quartas de final, esperando segundo e terceiro colocados duelarem.

O Brasil está no grupo A, que é considerado “da morte”, já que também conta com Espanha, campeã da Europa, República Tcheca, atual vice-campeã mundial, e Japão, campeã asiática.

Curiosamente, as quatro seleções se enfrentaram ao menos uma vez no Mundial de quatro anos atrás, disputado em solo tcheco. As brasileiras, então comandadas pelo espanhol Carlos Colinas, só venceram as japonesas, na prorrogação.

O Brasil caiu na segunda fase do torneio, ficando na nona colocação, a pior desde o 10º lugar em 1990, na Malásia. Para piorar, em 2012, o nono lugar também foi o máximo que o país conseguiu atingir em Londres, quando ficou longe de voltar a conquistar medalha.

Para melhorar o desempenho, a seleção passou por reformulação. O técnico agora é Luiz Augusto Zanon, que sucedeu Luis Cicchetto, comandante nos Jogos Olímpicos.

Das 15 atletas que dispuram a competição dois anos atrás, apenas cinco estarão no Mundial: a veterana armadora Adrianinha, as pivôs Clarissa, Érika e Nádia e a ala-pivô Damiris.

Eleita melhor jogadora do Sul-Americano conquistado pelo Brasil neste ano, Clarissa, de 26 anos, é considerada a maior esperança do país. A pivô da ADCF Unimed Americana, de São Paulo, admitiu que as dificuldades serão grandes na competição para a seleção.

“A chave que estamos está com um nível muito alto e teremos jogos duros contra República Tcheca e Espanha, mas não há como esperar adversários fáceis em um Mundial. Vamos mostrar com maestria o nosso trabalho e buscar uma vitória de cada vez”, garantiu.

Esta será a 16ª participação brasileira na competição. A melhor campanha foi a do título de 1994, conquistado na Austrália. Além disso, o currículo verde amarelo acumula um terceiro lugar e quatro quartos.

Pentacampeã olímpica e atual detentora do título mundial, a seleção americana está no grupo D da competição, ao lado de Angola, China e Sérvia. Na preparação, no entanto, a equipe comandada por Geno Auriemma sofreu derrota para a França, em amistoso, a primeira em três anos.

A competição ainda tem Canadá, França, Turquia e Moçambique formando o grupo B, além de Austrália, Belarus, Coreia do Sul e Cuba integrando o C. Todos as chaves terão início neste sábado, com a segunda rodada sendo jogada no domingo, e a terceira na terça-feira.

A final do Mundial acontecerá em 5 de outubro, na Ülker Sports Arena, em Istanbul. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.