“Mundo precisava de um cara como meu pai”, diz filho do ex-jogador Mário Sérgio, presente no avião da Chape

  • Por Jovem Pan
  • 29/11/2016 09h42
Divulgação/FoxSports Mário Sérgio construiu longa e vitoriosa carreira como jogador

O filho e a mãe do ex-jogador e comentarista Mário Sérgio Pontes de Paiva, presente no avião da Chapecoense que caiu na madrugada desta terça (29), deixando apenas cinco sobreviventes dos 81 tripulantes segundo autoridades locais, ainda tentam assimilar a tragédia.

Felipe e Mara recordaram em entrevista exclusiva à Jovem Pan a última vez em que falaram com Mário Sérgio, meiocampista que atuou em grandes clubes brasileiros como Internacional, Vitória, Botafogo, Fluminense, Flamenfo, Palmeiras e Botafogo. Mário Sérgio chegou a defender Seleção Brasileira e terminou a carreira de jogador em 1987, quando treinou vários clubes até 2010. Recentemente, trabalhava como comentarista pela FoxSports, rede de televisão pela qual viajava para cobrir a final da Sul-Americana em Medellín.

“A gente estava dormindo, totalmente despreparado, e umas 5h30 da manhã um profissional da Fox ligou para gente e falou que o avião tinha caído”, conta o filho Felipe.

“Na última vez em que falei com meu pai, a gente tinha acabado de marcar uma viagem para pescar junto e ele estava super empolgado”, lembrou Felipe, emocionado. Mário Sérgio tinha três filhos e um deles, Bruno, está a caminho para acompanhar a mãe e o irmão nesse momento de dor. “Mesmo se ele não fosse meu pai, o mundo precisava de um cara como meu pai”, diz Felipe. “Ele tem um brilho que é só dele”.

Já a esposa de Mário Sérgio, Mara, não consegue crer no que aconteceu. “Ainda não tomei pé da situação. É uma coisa difícil de acreditar. A gente trabalhava junto, a gente convivia constantemente. Sempre tivemos uma simbiose muito grande. É difícil ainda acreditar no que está acontecendo”, conta.

Mara tinha levado o marido para o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Ela conta que havia mandado uma mensagem para saber se Mário Sérgio havia chegado bem. A tripulação brasileira fez escala em Santa Cruz de la Dierra, na Bolívia, e de lá seguia para Medellín, na Colômbia.

A esposa do ex-jogador conta sobre a organização de última hora da viagem e fala em uma “logística muito confusa”, com atraso de mais de duas horas do voo: “até domingo à tarde não sabiam exatamente qual seria essa logística”.

O voo, que antes era para ser fretado, foi realizado por avião de carreira. Da Bolívia, a equipe com jogadores e jornalistas pegaria uma aeronave fretada.

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