Muricy fala em “se preocupar menos” na volta ao comando do São Paulo

  • Por Jovem Pan
  • 07/10/2014 08h30

Técnico volta ao comando do time na partida contra o Atlético-PR São Paulo FC/Divulgação Muricy fala em “se preocupar menos” na volta ao comando do São Paulo

Muricy Ramalho voltou ao comando do São Paulo nesta segunda-feira (06) e revelou, em entrevista exclusiva à rádio Jovem Pan, que irá se preocupar menos para não correr riscos com novos problemas em seu coração, o que o tirou dos últimos três jogos do Tricolor, entre Campeonato Brasileiro e Copa Sul-Americana.

“Felizmente só foi um susto, não acharam nada no meu coração. O motivo desse mal-estar foi stress. É um trabalho muito duro, principalmente nessa fase de domingo a domingo, muita pressão, principalmente um cara como eu, que leva tudo a ferro. Então estou tomando meus remédios como os médicos mandaram, fazendo exercícios e estou bom para voltar”, garantiu o técnico.

Muricy contou o que sentiu no dia em que foi internado no Hospital São Luiz, em 25 de outubro. Segundo ele, o coração começou a palpitar de forma descompassada, além de sentir tonturas e fraqueza.

“Eu estava em casa e comecei a suar frio e ter tontura. Senti o coração batendo descompassado, mas como nunca tive nada, não dei atenção e fui para o CT. Nesse intervalo continuei igual, fiz as minhas coisas no CT, treinamento e não passava. Fui no médico e ele disse para eu ir ao hospital, pois não estava legal”, explicou.

Com a pressão do dia-a-dia do trabalho, somada aos problemas que o Tricolor vem enfrentando dentro e fora de campo, o ídolo são-paulino falou que se acalmará em relação à vida. Muricy deixará Tata e Milton Cruz cuidarem um pouco mais de certos treinamentos para aliviar a sua tensão.

“Como o problema foi emocional e é um problema silencioso, tenho que me acalmar um pouco em relação à vida. No hospital fiquei pensando nisso, tem coisas que não dá para consertar. Quando vejo uma coisa errada, não olho para o lado, vou querer consertar. No futebol tem várias pessoas que trabalham comigo e preciso deixa-los trabalhar um pouco mais. Acho importante estar sempre com os jogadores, treinar o time que não vai a campo”, ressaltou.

Com um calendário cansativo e que muitas vezes não deixa tempo dos profissionais do futebol descansarem e ficar um pouco mais com a família. O treinador define o calendário como “maluco” e diz entender o que os jogadores passam atualmente por conta da grande intensidade das partidas.

“A gente tá vendo que na sequência desse calendário maluco, o número de contusões aumentaram muito, até nós estamos sofrendo com isso. Tem estudo que mostra que a quilometragem aumentou demais, a velocidade e a intensidade. O Brasil é um país enorme, muitas viagens, a cobrança é grande e o estresse aumenta”, finalizou.

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