Muricy se entristece com morte e lembra visita ao Barça: “citavam o Cruyff sempre”
Muricy Ramalho fez intercâmbio no Barcelona no ano passado e visitou La Masia
Muricy Ramalho fez intercâmbio no Barcelona no ano passado e visitou La MasiaDurante o período em que ficou sem emprego, Muricy Ramalho aproveitou o tempo livre para fazer um intercâmbio no Barcelona. Mais precisamente em outubro do ano passado, o técnico visitou a sede do clube catalão e conheceu a fundo a casa do time blaugrana de base: La Masia.
Ela é nada menos que um dos muitos legados deixados por Johan Cruyff ao Barcelona. O holandês, que morreu nesta quinta-feira, na capital da Catalunha, fez história como jogador e técnico do time azul-grená e praticamente desenvolveu a filosofia de jogo que hoje encanta o planeta sob a execução de Messi, Neymar, Suárez e Iniesta.
Nesta quinta-feira, Muricy Ramalho conversou com Flávio Prado e Wanderley Nogueira durante o Jornal de Esportes, da Rádio Jovem Pan, e destacou a importância de Cruyff para o Barcelona. “Eles são muito gratos ao Cruyff. Eu sei porque estive lá recentemente“, afirmou Muricy.
“O pessoal de La Masia está lá para defender essa filosofia criada pelo Cruyff. Foi ele quem começou a mudar a forma de o Barcelona jogar. Os espanhóis jogavam muito com a questão da Fúria, da força. Quando eu conversava com o pessoal mais antigo lá na minha visita ao Barcelona, o Cruyff era citado o tempo todo“, revelou o treinador brasileiro.
Muricy ainda exaltou a inteligência de Cruyff. Como contou Marinho Peres também em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o holandês tinha uma noção tática absurda e, quase sempre, trocava de posição durante as partidas para ajudar o trabalho de sua equipe e dificultar a marcação adversária. O atual treinador do Flamengo elegeu essa característica como o grande diferencial do ídolo holandês.
“Hoje é um dia um pouco triste, porque o futebol mundial perde um fora de série. Um desses caras que aparecem e são diferentes. Ele era muito inteligente para jogar. Tem caras que jogam sempre igual. Ele não. Ele se adaptava às circunstâncias do jogo e mudava a forma de o time atuar”, finalizou Muricy, já bastante saudoso do craque europeu.
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