Na estreia de Doriva, São Paulo perde do Flu no Maracanã e segue fora do G4

  • Por Agência Estado
  • 15/10/2015 00h08
RIO DE JANEIRO, RJ, 14.10.2015: FLUMINENSE-SÃO PAULO - Marcos Junior comemora gol na partida entre Fluminense X São Paulo, nesta quarta-feira (14) no estádio do Maracanã no Rio de Janeiro, válida pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. (Foto: Fernando Soutello/Agif/Folhapress) Folhapress Marcos Júnior marcou o segundo gol do Flu logo no começo da segunda etapa

Na estreia de Doriva como técnico, o São Paulo continuou tão irregular e cheio de falhas na defesa como em partidas anteriores. O Fluminense foi mais competente e conseguiu fazer 2 a 0, na noite desta quarta-feira, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. O tropeço impede o time do Morumbi de entrar provisoriamente no G4 e não serve para compensar a crise política no clube.

O intervalo de dez dias na competição e a chegada do novo treinador para a vaga de Juan Carlos Osorio não trouxeram um resultado positivo. O São Paulo chegou à 10ª derrota em 30 rodadas, estacionou na 5ª posição e pode ver o Santos ampliar vantagem dentro da zona de classificação à Copa Libertadores. Já o Fluminense chegou aos 40 pontos e segue na parte intermediária da tabela. 

O ambiente conturbado no São Paulo pela renúncia do presidente Carlos Miguel Aidar teve uma breve pausa para ver a estreia de Doriva. Seis dias depois de chegar ao clube, o técnico se manteve fiel ao discurso da apresentação, ao escalar o time no 4-2-3-1 e sem jogadores em posições improvisadas. 

O momento ruim pareceu ter abatido o time. Os jogadores em certos momentos pareceram nervosos. Só o São Paulo levou cartões amarelos no jogo. 

Com apenas dois desfalques, a formação contra o Fluminense é parecida com aquela que será força máxima, no entender do treinador. Somente Carlinhos e Michel Bastos devem completar os titulares. 

O primeiro tempo de poucas chances de gol foi um jogo “enroscado”, ruim de se ver. Os números de erros de passes e de impedimentos superaram a quantidade de lances de emoção. A bola ficou em disputas na intermediária em vez de dominada e trabalhada por quem sabia como criar.

O São Paulo contribuiu bastante para essa pasmaceira. O time teve mais posse de bola, mas pecava pela lentidão e pela falta de opções de jogo. Os volantes tentavam iniciar a saída para o ataque e encontravam as peças ofensivas marcadas. Então, tudo ficava travado.

Apenas dois lances destoaram e foram um oásis de futebol competente no primeiro tempo, ambos em cruzamentos na área. Rogério aproveitou uma sobra e rolou para Ganso chutar colocado e acertar o travessão.

Já, aos 30 minutos, Gustavo Scarpa cobrou escanteio e Fred subiu livre de cabeça para abrir o placar. A defesa são-paulina vacilou e deixou sem marcação justamente o mais perigoso jogador adversário. Na saída para o intervalo, Luis Fabiano admitiu ter falhado no lance.

O começo do segundo tempo foi fatal para o São Paulo. Doriva mexeu no time, foi ousado demais e tirou o volante de marcação Hudson para colocar Wesley, que tem como característica ajudar o ataque. Quando o substituto tentava articular uma jogada, perdeu a bola, a equipe levou um rápido contra-ataque e Marcos Júnior apareceu nas costas de Matheus Reis para abrir 2 a 0.

A desvantagem de dois gols motivou o São Paulo a ter mais lances de perigo. Luis Fabiano, de cabeça, e Pato, em chute cruzado, por muito pouco não conseguiram diminuir. O time rondou mais o gol de Diego Cavalieri, enquanto também deixou a defesa desprotegida e exposta às investidas do Fluminense.

Com as principais peças sem inspiração para jogar, o São Paulo ainda ouviu gritos de “olé” nos minutos finais e ainda escapou de levar o terceiro.

Na próxima rodada, o São Paulo tentará se recuperar diante de outro rival carioca. Desta vez enfrentará o ameaçado Vasco, domingo, no Morumbi. O Fluminense vai visitar o Cruzeiro no Mineirão, no mesmo dia.

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