Na estreia de Lugano, São Paulo joga para o gasto, faz 1 a 0 e vence o Rio Claro

  • Por Jovem Pan/Agência Estado
  • 21/02/2016 18h52
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SP - PAULISTÃO/SÃO PAULO X RIO CLARO - ESPORTES - Rodrigo Caio, do São Paulo, comemora após marcar gol durante partida contra o Rio Claro, válida pela 5ª rodada do Campeonato Paulista, no Estádio do Pacaembu, na capital paulista, na tarde deste domingo, 21. 21/02/2016 - Foto: ALE FRATA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO Agência Estado Autor do gol tricolor

O dia seria de festa para o zagueiro uruguaio Lugano, que retornou ao clube após 10 anos. O que se viu foi um São Paulo burocrático, que jogou diante de seu pior público na temporada e a decepção só não foi completa porque o companheiro de defesa achou um gol. Assim, o time tricolor conseguiu derrotar o Rio Claro por 1 a 0, no estádio do Pacaembu, na capital, pela quinta rodada do Campeonato Paulista, dando ainda mais razão para a torcida criticar e cobrar mudanças.

Antes da bola rolar, a torcida fez protesto contra a diretoria e alguns jogadores, principalmente Michel Bastos. Dentre outro motivos, o meia teve uma divergência com Lugano, estreante neste domingo e que parecia se sentir em casa.

O uruguaio era uma das poucas coisas (ou única) que o são-paulino poderia se animar em ver neste domingo. Quando estava para entrar no gramado, o zagueiro brincou com um garoto que entrou no campo com ele e depois foi abraçar o zagueiro rival Alex Silva, ex-companheiro de São Paulo em sua primeira passagem pelo clube.

Com a bola rolando, o time tricolor parecia travado e muito ansioso no ataque. Já Lugano, a cada passe dado a torcida comemorava como um gol. O Rio Claro, limitado tecnicamente, deixava muito espaço nas laterais e esse foi o caminho encontrado pelo time da casa para chegar.

O técnico argentino Edgardo Bauza escalou Carlinhos no meio de campo, no lugar de Michel Bastos, e a alteração fez com que o time ganhasse força ofensiva na esquerda. Na direita, Bruno também teve oportunidades de chegar livre, mas nenhum dos dois conseguiu acertar o pé.

Paulo Henrique Ganso flutuava pelo meio da área, em busca do passe na medida para Calleri, que não aconteceu. Outra opção seria Centurion. O argentino mais uma vez nada acrescentou ao time, errou passes simples e fez com que a opção de Bauza em mantê-lo na equipe se torne cada dia mais incompreensível.

Vendo a dificuldade do adversário em sair jogando, o São Paulo avançou a marcação e passou a pressionar no campo de ataque. Foram pelo menos duas falhas que quase resultaram no gol tricolor. O problema, porém, foi que a frágil defesa são-paulina ficou ainda mais exposta com tamanha ofensividade e o Rio Claro começou a colocar as mangas de fora e ver que poderia surpreender e afundar ainda mais o adversário na crise. Mas faltava qualidade aos atacantes da equipe interiorana.

No segundo tempo, o Rio Claro era quem apertava a marcação e quase Denis deu um gol de presente. Pouco depois do susto, a redenção de quem foi alvo de críticas durante a semana. Rodrigo Caio, chamado de “Jogador de Condomínio” pelo assessor da presidência, Rodrigo Gaspar, aproveitou cobrança de falta de Carlinhos para a área e de cabeça abriu o placar. Na comemoração, os jogadores foram abraçar Lucão, outro alvo dos torcedores e que estava como opção no banco de reservas.

O gol poderia ser o início de uma nova postura, mas não foi. A impressão é que o gol foi um mero acaso e a torcida sentiu isso. As vaias voltaram e os gritos pedindo a entrada de Rogerio e a saída de Centurion só aumentaram.

Bauza atendeu parte do pedido e tirou o inoperante argentino, mas colocou Wesley e ouviu os primeiros, mas tímidos gritos de “burro”. A alteração acabou dando certo. Wesley entrou bem, dando maior movimentação ao ataque. Só faltou caprichar na pontaria. Pouco depois, o xodó da torcida, Rogério, também entrou, mas pouco acrescentou.

No fim, o resultado acabou sendo justo. Venceu um time que esteve longe de fazer uma brilhante partida, mas pelo menos mostrou vontade e criou chances.

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