Na “prévia” para 2016, Brasil chega com 590 atletas para o Pan de Toronto

  • Por Agência EFE
  • 07/07/2015 20h04
Reprodução Atletas brasileiros posam com o mascote do Time Brasil

A delegação de 590 atletas do Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Toronto vai encarar não só a busca por medalhas e outros objetivos pessoais ou coletivos, mas também a pressão de atender as expectativas de torcedores e autoridades, que já pensam em um bom desempenho nos Jogos Olímpicos do ano que vem, em casa.

A intenção, no primeiro momento, é que seja superada a marca de 48 medalhas de ouro, 35 de prata e 58 de bronze da última edição do Pan, na cidade de Guadalajara (México). Diante do favoritismo dos Estados Unidos no quadro geral de medalhas, a meta é “roubar” o segundo lugar de Cuba.

O grupo de 590 atletas enviados para território canadense já é o maior enviado pelo Brasil para um Pan realizado no exterior, superando os 515 da última edição do evento poliesportivo. O número não bate, no entanto, os 660 que participaram dos Jogos do Rio de Janeiro, em 2007.

Mais uma vez, o Brasil coloca esperanças em judô, vela e vôlei – inclusive na disputa da praia -, modalidades em que tem grande domínio. Em Guadalajara, por exemplo, foram acumuladas, juntas, 15 medalhas de ouro, quatro de prata e cinco de bronze.

No vôlei de quadra, as seleções feminina e masculina, apesar de não atuarem com força máxima, entram como favoritas. Na areia, Lili e Carol Horta, e Álvaro e Vítor Felipe não são as principais duplas do país, mas também estão bem cotadas na disputa.

Entre os judocas, Tiago Camilo é a grande estrela, já que tentará o tricampeonato pan-americano na categoria até 90 quilos – além disso, conquistou o ouro em 2003, em Santo Domingo, na faixa até 73 quilos.

Mayra Aguiar, líder do ranking mundial da categoria até 78 quilos, é outra forte candidata ao título. Até hoje, a gaúcha conquistou uma prata e um bronze na competição.

Na vela, os grandes nomes são Kahena Kunze e Martine Grael, melhores do mundo na atualidade na classe 49er. Robert Scheidt, recém-recuperado de artroscopia no joelho direito, é outro que tentará o ouro em Toronto, na classe Laser.

O grande destaque individual, no entanto, vem das águas. Thiago Pereira já é o maior medalhista de ouro do país em Jogos Pan-Americanos, com 12 presenças no topo do pódio. A meta em Toronto é ir além das 18 medalhas que tem no total e superar as 22 do ginasta cubano Erick López.

Ao todo, o nadador participará de oito provas nesta edição do evento: 200m e 400m medley, 100m borboleta, 100m costas e 200m peito, além dos revezamentos 4x100m (livre e medley) e 4x200m (livre).

O reconhecimento da importância do atleta de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, foi dada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que o deu a honra de ser o porta-bandeira da delegação. Esta será a segunda experiência de Thiago na função, já ele foi responsável por levar a bandeira do país no encerramento do Pan de 2007.

Etiene Medeiros, recordista mundial em piscina curta, na prova dos 50 metros costas, é outra nadadora que cairá na água com boas chances de arrebatar o ouro.

No atletismo, Fabiana Murer é atração do país, depois de reencontrar a melhor fase, terminando 2014 como a líder do ranking mundial.

Destaques nos Jogos Olímpicos de Londres, o ginasta Arthur Zanetti e a pentatleta Yane Marques também são duas chances de medalha no individual. A seleção feminina de handebol é mais uma que entra com status de superfavorita ao ouro.

Outra expectativa é quanto à participação da seleção de futebol masculino, que tentará o primeiro ouro desde 1987. O técnico Rogério Micale comandará uma equipe com atletas que vêm atuando como titulares em seus clubes.

Entre os mais conhecidos do elenco estão o zagueiro Luan, do Vasco, o lateral-direito Gilberto, do Botafogo, o meia Dodô, do Atlético-MG, o meia-atacante Lucas Piazon, do Eintracht Frankfurt, e o atacante Erik, do Goiás, todos com chances de estar no Rio em 2016. 

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.