Na Rússia há seis anos, atacante garante: é melhor do que no Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 20/03/2016 16h30

Ari joga no Krasnodar e prefere trabalhar na Rússia do que no País pentacampeão mundial de futebol

Divulgação Ari joga no Krasnodar e prefere trabalhar na Rússia do que no País pentacampeão mundial de futebol

Se comparada ao Brasil, a Rússia é mais fria, tem menos tradição no futebol e conta com muitas diferenças culturais. Mesmo assim, porém, pode ser melhor para se atuar. É o que garante, pelo menos, o atacante Ari. Vivendo no país-sede da próxima Copa do Mundo há seis anos, o atleta do Krasnodar afirmou, em entrevista exclusiva a Raphael Thebas para o Plantão de Domingo, da Rádio Jovem Pan, que entre jogar no Brasil ou em um mercado alternativo da Europa, ele fica com a segunda opção. 

“Eu joguei pouco no Brasil, mas acompanho bastante o Campeonato Brasileiro e sei das dificuldades que os atletas encontram durante as competições, como os atrasos de salários, por exemplo. Aqui nunca aconteceu isso, então, por isso, digo que aqui na Europa eles são mais profissionais e respeitam mais os atletas. Aqui está bem melhor do que no Brasil, sem dúvidas”, disse Ari. 

Nascido no Ceará, o atacante só atuou no Brasil por duas temporadas: entre 2005 e 2006, quando jogou no Fortaleza. Em 2006, ele se transferiu ao desconhecido Kalmar, da Suécia, e, logo no ano seguinte, foi vendido ao AZ Alkmaar, da Holanda. Lá, trabalhou com o hoje técnico do Manchester United, Louis Van Gaal, e foi até campeão nacional. Assim, só depois de três temporadas foi negociado para o futebol russo. Entre 2010 e 2013, ele defendeu o Spartak Moscou e, desde então, transformou-se no principal atacante do novato Krasnodar, fundado há somente oito anos. 

Foi essa experiência em países de pouca tradição no futebol que contribuiu para que Ari não sentisse tanto a adaptação à Rússia – considerada um dos grandes problemas pelos jogadores que vão atuar no país do leste europeu. “Quando eu cheguei aqui, já tinha passado pela Suécia e Holanda, que são dois países frios, então a minha adaptação à Rússia foi rápida, até. Mas o frio e o trânsito, com certeza, eram coisas que me incomodavam um pouco no início”, declarou. 

“Está bastante frio aqui, mas dá para suportar”, deixou claro o atleta de 30 anos, que, hoje, ainda não pensa em voltar ao futebol brasileiro – muito por causa da nítida evolução do Krasnodar, que chegou à semifinal da última Copa da Rússia e foi eliminado apenas na segunda fase da Liga Europa. 

“É um time novo, fundado há apenas oito anos, mas que tem um projeto muito grande. O presidente é um cara muito cabeça, que pensa muito no futuro, e, pela forma que estamos crescendo, temos tudo para futuramente jogar uma Champions League. A cada ano que passa, a equipe vai ficando mais forte”, encerrou.

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