Na volta ao Fla, Luxemburgo diz: “se tiver que botar a testa, será a minha”
Vanderley Luxemburgo está de volta à Gávea. Depois de três passagens como treinador pelo Flamengo, o técnico foi escolhido para tirar o time da incômoda situação de lanterna na tabela do Campeonato Brasileiro. Em sua primeira entrevista coletiva no cargo, que aconteceu nesta quinta-feira (24), o treinador elogiou o contestado elenco flamenguista e chamou a responsabilidade da situação para si. Além disso, destacou a dificuldade do Brasileirão, mas disse que cobrará um “sacríficio maior” dos atletas para tirar o clube da zona da degola.
Desempregado desde 2013, Luxemburgo garantiu que não esteve afastado do futebol e lembrou as conquistas do elenco flamenguista. “Com a experiência que temos, o para trás vai ficar sempre para trás. A análise vai ser daqui para frente. Acompanhei todos os clubes, o mercado, e segui o Flamengo mais por ser flamenguista. Vamos trabalhar com esse grupo para buscar os objetivos do Flamengo. Daqui para frente, os jogadores têm que entender que faltam 27 rodadas e precisamos pensar em alguma coisa boa. A derrota ofusca muita coisa. Esse grupo ganhou a Copa do Brasil e o Estadual. Acabam esquecendo as coisas boas”, disse.
O treinador fez questão de ressaltar a dificuldade do Brasileirão, até para tentar justificar a atuação situação do Flamengo, laterna da competição com apenas sete pontos ganhos e uma vitória. “Aqui, temos 12 grandes clubes, mas outros clubes centenários e que já ganharam o Brasileiro, como Coritiba, Sport, Bahia…O momento é delicado, mas temos que começar a alavancar pensando coisas diferentes. Não dá para esperara, a realidade não permite isso. É criar uma expectativa boa e trabalhar. Nós entendemos que temos que ter um comprometimento e um sacrifício maior”, pediu.
Tido como “salvador da pátria”, Luxemburgo deixou claro que acredita na recuperação da equipe. “Se eu não acreditasse que o clube tem condições, não estaria aqui hoje. A maioria dos técnicos brasileiros gostaria de estar aqui. O momento é complicado, mas não quer dizer que seja a realidade do Flamengo, o time tem condição de alavancar”.
Experiente, ele chamou a responsabilidade de salvar o time do descenso para si e para a diretoria. “A responsabilidade maior é nossa, minha e do Ximenes. Os jogadores têm que jogar, mas quem vai ser cobrado sou eu. O jogador tem que saber que está aqui por alguma razão. Se tiver que botar a testa, será a minha”, assegurou.
Auxiliar técnico e agressões
O que chamou a atenção foi o nome de Deivid, ex-atacante do clube, para auxiliar o treinador, que explicou a escolha. “Ele não é o meu auxiliar. É um estagiário, assim como o Gallo, o Ney…O Deivid é um jogador que eu gosto muito, teve uma época muito contestado, eu sempre banquei, e pode ficar aqui estagiando e aprendendo”, explicou.
Sobre a agressão de torcedores à André Santos e o clima nada amistoso na Gávea, Luxemburgo lembrou que esse tipo de problema não existe apenas no rubro-negro carioca. “Não é torcedor rubro-negro. É algo que não é concebível em lugar nenhum. No Corinthians, no Palmeiras. Não dá para achar que tudo tem que ser na pancadaria, porradaria”, finalizou.
A reestreia de Luxemburgo será diante do Botafogo, no próximo domingo (27), no Maracanã, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro.
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