Não é só a Holanda: Eurocopa costuma ser palco de vexames, zebras e supresas
A seleção holandesa, terceira colocada na última Copa do Mundo com direito a vitória por 3 a 0 sobre o Brasil na disputa do terceiro lugar, passou por um grande vexame ao não conseguir se classificar para a Eurocopa de 2016, na França. No Grupo A das Eliminatórias, com cinco derrotas em dez jogos, ficou atrás de Islândia, República Tcheca e Turquia, times que não contam com estrelas como Robben, Sneijder, Depay e Huntelaar. O revés derradeiro, por 3 a 2, se deu diante dos tchecos, em casa, nesta terça-feira.
Se servir de consolo para os holandeses, a Laranja não é a primeira a passar vergonha no torneio europeu. A Eurocopa é marcada por diversas surpresas, tanto positivas quanto negativas, em sua história. Confira algumas delas.
O título da Tchecoslováquia e a “invenção” da cavadinha
A Eurocopa de 1976 foi curiosa: todos os jogos das semifinais, final e disputa de terceiro lugar foram decididos na prorrogação ou nos pênaltis. Quem se deu melhor nesses tensos confrontos foi a Tchecoslováquia, que venceu a favorita Alemanha nos pênaltis na grande decisão. No entanto, as surpresas não pararam por aí: na cobrança derradeira, que deu o título aos tchecos, Antonín Panenka resolveu ousar e bateu o pênalti de cavadinha. A jogada se tornou popular a partir de então e na Europa é até hoje chamada de Panenka, em homenagem ao seu “criador”.
Dinamarca entra pela porta dos fundos e sai com o troféu
Comandada pelo goleiro Peter Schmeichel e pelo craque Brian Laudrup, a Dinamarca surpreendeu a Europa ao conquistar a Eurocopa de 1992 com uma vitória na final sobre a Alemanha de Jürgen Klinsmann. Mas o título da “Dinamáquina” foi surpreendente não só porque a equipe não estava entre os favoritos, mas também porque nem havia se classificado para disputar o torneio. A vaga só veio por conta da suspensão da Iugoslávia, que estava em guerra, pela UEFA. A Dinamarca entrou no seu lugar e levou o troféu.
Grécia, a água no chope (ou no vinho) dos portugueses
A festa estava pronta. A seleção portuguesa, treinada por Luiz Felipe Scolari, chegava pela primeira vez em sua história a uma final de Eurocopa, justamente quando o torneio era realizado em seu país. No entanto, a também estreante em finais Grécia, que já havia derrotado os portugueses na primeira fase, surpreendeu e venceu o time de Figo, Deco e do jovem Cristiano Ronaldo na final por 1 a 0, para a tristeza dos nossos descobridores.
Inglaterra fica de fora da Euro 2008
A Holanda não foi a primeira grande seleção a ficar de fora do torneio europeu. A Inglaterra, mesmo contando com craques como Rooney, Lampard, Gerrard e Beckham, não conseguiu vaga para a Eurocopa de 2018, e de forma bem parecida, perdendo em casa por 3 a 2. Mas, justiça seja feita, o vexame inglês foi um pouco menor, já que daquela edição participaram 16 times, enquanto na de 2016 serão 24, o que faz com que a missão da Laranja tenha sido mais fácil.
A Eurocopa dos estreantes
Se a tradicional Holanda estará de fora da Eurocopa de 2016, quatro seleções farão sua estreia no torneio. A Irlanda do Norte, presente em duas Copas do Mundo, é uma delas. O País de Gales de Gareth Bale é outro que conquistou sua vaga sem nem precisar disputar a repescagem. Mas as maiores surpresas foram a Albânia e a Islândia, países sem tradição no futebol e com populações muito pequenas (por volta de 3 milhões e 300 mil pessoas, respectivamente). Ainda é possível que a Bósnia e Herzegovina carimbe sua passagem para a França por meio da repescagem.
Veja, no vídeo abaixo, como foi a festa da classificação da Albânia na região de Kosovo.
Live from Prishtina. The happy end #Albania in #euro2016 #shqip pic.twitter.com/IvR4PrVa2u
— Teuta Arifaj (@arifaj_teuta) 11 outubro 2015
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