“Não estou nervoso porque o objetivo principal não acontecerá”, diz Felipão

  • Por Agencia EFE
  • 11/07/2014 20h56

Brasília, 11 jul (EFE).- Após a queda nas semifinais da Copa do Mundo com uma goleada por 7 a 1 sofrida diante da Alemanha na última terça-feira, o técnico Luiz Felipe Scolari admitiu nesta sexta que viveu dias difíceis nesta semana, mas disse que já não vem perdendo o sono para preparar para a equipe para a disputa do terceiro lugar, contra a Holanda.

“Já não estou nervoso porque o objetivo principal não acontecerá. Terça, quarta, quinta e sexta-feira estão sendo dias difíceis, e provavelmente será difícil pelo resto de nossas vidas. (A derrota para a Alemanha) Sempre será relembrada por muito tempo. O que tentamos depois do segundo dia em diante foi recuperar a parte psicológica trabalhando alguns detalhes com os jogadores para que tenham uma perspectiva de jogar contra a Holanda como se fosse nosso objetivo principal”, declarou o treinador em entrevista coletiva no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, palco do duelo deste sábado com os holandeses.

Durante o treinamento desta sexta em Teresópolis, Felipão testou algumas novidades na equipe. As principais mudanças aconteceram no ataque. O trio formado por Hulk, Bernard e Fred foi desfeito para as entradas do meia Ramires, do meia-atacante Willian e do centroavante Jô.

“Vou mexer em uma ou duas posições, até porque também há jogadores que poderão ter sequência, pois jogaram pouco ou nem jogaram. Por necessidades vou fazer essas substituições. Uma que devo fazer é porque entendo que a colocação de um jogador em um determinado setor pode ser importante”, explicou.

Sobre o futuro, o técnico deixou em aberto a possibilidade de continuar no cargo. “Encerra amanhã a primeira etapa do meu trabalho. Depois vou apresentar meu relatório, e o presidente (Marin) e o Marco Polo (Del Nero) provavelmente conversarão e vamos ver o que vai acontecer. Vamos seguir normalmente o trabalho até amanhã. Depois é outra situação”, desconversou.

Assim como já havia feito em coletiva na última quarta, um dia após a humilhante eliminação, Scolari voltou a fazer um balanço positivo de sua segunda passagem pela seleção e a atribuir a goleada a um “apagão” do time no primeiro tempo.

“Sei que em um ano e meio nós tivemos uma série de situações muito boas. Não posso ver um resultado de um jogo. Se o trabalho é bom, não é uma fatalidade ou desastre que o muda. Mas o que me interessava era chegar à final. Não cheguei e estou em débito com quem passei confiança, mas não vejo a eliminação como negativa, a não ser pelo resultado catastrófico de 7 a 1”, analisou. EFE

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