Nas Eliminatórias, Brasil não brilhou, mas mostrou que existe vida sem Neymar

  • Por Jovem Pan
  • 18/11/2015 17h38
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EFE Com Neymar apagado

Em seus dois últimos compromissos em 2015, a Seleção Brasileira conquistou dois resultados positivos: empate em 1 a 1 contra a Argentina em Buenos Aires e vitória por 3 a 0 sobre o Peru na Fonte Nova. Com os quatro pontos conquistados, a equipe subiu para a terceira colocação nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. No entanto, o que as duas partidas mostraram ao torcedor brasileiro?

O Jovem Pan Online foi além dos números para mostrar o que de positivo e negativo pode ser visto nos confrontos, no que a Seleção melhorou (ou não) e os destaques individuais.

Os zagueiros sérios que fizeram o torcedor sorrir

Não é de hoje que David Luiz é um dos jogadores mais criticados pelos torcedores mais saudosistas, aquele que têm saudades dos “zagueiros-zagueiros”, com cara de mau e poucos sorrisos. Depois de falhar no gol da Argentina, o defensor do PSG acabou expulso e deu lugar ao corintiano Gil. A dupla de zaga com Miranda funcionou, e Guerrero, principal jogador do Peru, foi anulado. Mas, acima de tudo, foi a postura séria dos dois beques que agradou a torcida.

Nem só de Neymar vive a Seleção

É quase consenso que a geração atual de jogadores brasileiros é mais fraca que as anteriores. Se antigamente tínhamos diversos craques jogando ao mesmo tempo (Bebeto, Romário, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Adriano…), agora Neymar é a estrela solitária. Será? Nas partidas contra Argentina e Peru, o camisa 10 não esteve bem, e a Seleção Brasileira contou com dois coadjuvantes que mostraram que podem ser protagonistas: Douglas Costa e Willian.

Os dois meias mostraram qualidade para decidir, especialmente contra o Peru, com jogadas individuais, gols e assistências. Não é só em Neymar que existe qualidade no Brasil.

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Uma Seleção mais brasileira (e mais alvinegra)

Santos e Corinthians são os dois melhores times do Brasil no momento, e ambos tiveram bastante influência na Seleção Brasileira. Contra a Argentina, Dunga escalou Ricardo Oliveira e Lucas Lima como titulares. Apesar do gol do meia, a dupla não agradou e perdeu lugar contra o Peru. Na Fonte Nova, o Brasil foi a campo com três corintianos e armado num 4-1-4-1 bastante parecido com o usado por Tite. Funcionou. A evolução em relação à partida anterior foi nítida. Gil foi bem na zaga, Elias jogou mais solto e Renato Augusto fez um gol.

Brasil melhora, mas ainda não encanta

Apesar dessa evolução entre os dois duelos e da vitória tranquila contra os peruanos, não é possível diz que a Seleção Brasileira encantou o torcedor. E como bem definiu Daniel Alves, a cobrança sobre a Seleção é diferente daquela sobre os clubes: não adianta apenas vencer, tem que jogar bonito. Para isso, alguns passos importantes foram dados, como as boas atuações de Willian e Douglas Costa e o aprimoramento do jogo coletivo. No entanto, esse não é o objetivo principal do técnico Dunga, então a torcida vai precisar ter uma boa dose de paciência.

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