Nasr comemora volta do sistema antigo de classificação na F-1 no GP da China
O piloto Felipe Nasr (Sauber) comemorou nesta quinta-feira a volta do sistema antigo de classificação nos treinos da Fórmula 1 para o Grande Prêmio da China, uma medida tomada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) depois do fracasso da nova fórmula nas duas primeiras etapas da temporada.
Em entrevista à Agência Efe, o brasileiro afirmou que o sistema anterior de classificação é mais justo com as equipes pequenas. Na Austrália e no Bahrein, que abrem o calendário da categoria, a FIA inovou ao usar uma fórmula diferente, que eliminava um piloto a cada minuto de treino. A mudança, porém, causou confusão e fez com que os carros ficassem menos tempo na pista, efeito contrário ao esperado.
“Eu acredito que isso ajuda e dá mais oportunidades para as equipes menores, já que assim você tem uma classificação com uma segunda oportunidade. Há mais tempo, você consegue completar nesse período até duas ou três voltas, se preciso, com pneus novos. Portanto, sabemos que isso funciona”, disse Nasr.
O brasileiro da Sauber foi um dos que sofreu com o sistema nas duas primeiras corridas. Na Austrália, Nasr ficou apenas com a 17ª posição no grid de largada. Já no Bahrein, acabou sendo o último colocado no treino classificatório.
“Praticamente só tínhamos uma oportunidade. Não tínhamos uma segunda vez para tentar fazer uma volta melhor se ocorresse um problema na primeira tentativa”, explicou.
Nasr, no entanto, está otimista para o Grande Prêmio da China. Não só pelo retorno da fórmula antiga de classificação, mas também pelo bom resultado em Xangai no ano passado, quando terminou na oitava posição, e por ser um circuito do qual gosta.
“O objetivo é ter uma melhor compreensão do carro, já que nos últimos dois fins de semana não estive muito satisfeito com o trabalho com o equilíbrio do meu carro. Estivemos buscando algumas soluções e maneiras de melhorar esse problema”, disse o piloto.
“Penso que, como todo mundo já viu, todo o grid está mais competitivo neste ano. Portanto, acredito que temos que trabalhar de uma maneira melhor, para atingir 100% de nossa capacidade. Claro, tenho a certeza que estamos fazendo o melhor possível com o equipamento que temos”, destacou.
Nasr também falou sobre o circuito de Xangai, uma pista muito técnica na avaliação do brasileiro. O primeiro setor é composto de uma combinação de curvas rápidas e lentas, o que exige que o piloto seja capaz de manter um bom traçado.
Apesar do bom resultado no ano passado, Nasr não sabe o que esperar no próximo fim de semana. “Pude classificar e somar alguns pontos na corrida. Aqui, quem sabe não entramos entre os dez primeiros, ficamos pertos da zona de pontuação ou até mesmo conseguimos pontuar na corrida”, disse o brasileiro da Sauber.
“Eu, como piloto, não posso me render, tenho que brigar pelos resultados. Se pudesse pontuar igual na temporada passada, seria uma grande conquista, um bom resultado. No momento, o carro apresenta uma certa melhora se comparado ao ano passado, mas ainda temos uma deficiência aerodinâmica muito grande. Nos falta muita pressão aerodinâmica no carro, e essa é a prioridade no momento”, concluiu.
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