Negócio da China! Felipão tem vida de rei na Ásia: “melhor que Londres e Portugal”

  • Por Jovem Pan
  • 17/05/2016 16h22
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Depois de virar piada no Brasil Facebook/Reprodução Depois de virar piada no Brasil

Engana-se quem pensa que Luiz Felipe Scolari caiu no ostracismo após o histórico fracasso da Seleção Brasileira na última Copa do Mundo. Treinador nacional na derrota por 7 a 1 para a Alemanha, Felipão tem levado uma vida de rei do outro lado do planeta, mais precisamente na excepcional Guangzhou, cidade na qual o futebol chinês é mais forte. 

Técnico do Guangzhou Evergrande, time mais famoso do país asiático, Felipão está encantado com a qualidade de vida que tem na China. Correspondente internacional da Rádio Jovem Pan, Ulisses Neto foi visitar o treinador e também se impressionou com a estrutura que o clube lhe dá. 

Campeão da Liga dos Campeões da Ásia em 2015, Scolari mora em um condomínio bastante exclusivo, em uma parte recém-inaugurada de Guangzhou. O complexo é impressionante, não só pelo tamanho, mas também pela quantidade de prédios extremamente sofisticadosHá dois cinturões de edifíciosem formato de parêntesese, no meio, uma área verde gigantesca. 

No total, são 21 torres, dedicadas apenas a expatriados ou diplomatas, e os apartamentos chegam a ter 800m² – na cidade, cada metro quadrado custa 35 mil reais. Todos os brasileiros que trabalham no Guangzhou Evergrande moram neste mesmo edifício, que, segundo o próprio Felipão, é o melhor no qual já morou em mais de 30 anos de carreira.

Essa foi a melhor estrutura que eu já recebi, mesmo tendo morado em Cascais, Portugal, que é maravilhoso, e em Londres, que é fantástico. No Uzbequistão, eu também vivia muito bem. Mas aqui, a estrutura é diferente”, exaltou o último técnico campeão mundial com a Seleção Brasileira. 

Felipão transferiu-se à China em junho de 2015, um ano depois da pior derrota de sua carreira. Depois de uma breve e fraca passagem pelo Grêmio, firmou contrato de dois anos e meio com o Guangzhou Evergrande para ajudar a desenvolver o futebol local. Depois de uma temporada à frente do clube, já soma três títulos: do Campeonato Chinês, da Liga dos Campeões da Ásia e da Supercopa da China. 

“Tivesse vindo antes, acho que ficaria aqui por mais tempo”, admitiu Felipão, sem um pingo de vaidade. “Eu estou muito satisfeito. Eu vivo muito bem, as pessoas me respeitam, são muito solícitas, então não tenho do que reclamar”, acrescentou o treinador, que comanda a equipe que tem os brasileiros Paulinho, Ricardo Goulart e Alan, além do colombiano Jackson Martínez. 

A “boa vida” que Felipão leva na China é apenas reflexo do crescimento do futebol no país. Só na última janela de transferências, por exemplo, os clubes chineses gastaram mais de US$ 370 milhões. As recompensas já começaram a aparecer. Os diretos de transmissão da liga chinesa, que, no ano passado, foram vendidos US$ 9 milhões, saltaram para US$ 200 milhões em 2016. 

Principal dona do time de Felipão, a empreiteira Evergrande comprou o time por US$ 16 milhões e, quatro anos depois, revendeu metade de suas ações por US$ 190 milhões. O investimento nos brasileiros, europeus e outros sul-americanos, definitivamente, já estão dando resultados.

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