Nenhum país pretende se ausentar do Rio-2016 pelo zika, diz presidente do COI

  • Por Agência Estado
  • 12/02/2016 15h39
EFE Segundo Thomas Bach

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, voltou a rejeitar as especulações de que os Jogos do Rio-2016 possam ser desfalcados por conta da epidemia do vírus zika. Nesta sexta-feira, antes da abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude, em Lillehammer, na Noruega, o dirigente máximo do movimento olímpico garantiu que não existe risco de boicote ao Rio.

“Não existe a intenção de nenhum comitê olímpico nacional de desistir dos Jogos Olímpicos do Rio. Isso não exclui que estamos levando a situação de forma muito séria”, disse Bach aos jornalistas. 

O presidente do COI ainda garantiu que a entidade tem “plena confiança nas muitas ações que estão sendo tomada pelas autoridades brasileiras e internacionais e pelas organizações de saúde”. “Estamos muito confiantes de que os atletas e os espectadores vão encontrar condições seguras no Rio.”

Nos últimos dias, a imprensa internacional tem publicado depoimentos de atletas demonstrando preocupação com a epidemia do vírus zika, que, até o que se sabe até agora, pode causar o nascimento de bebês com microcefalia. Por isso, as mulheres grávidas ou que pretendem engravidar foram o principal grupo de risco.

Entre as atletas que demonstraram preocupação com a epidemia de zika, que afeta mais Pernambuco do que o Rio, está a goleira da seleção norte-americana de futebol, Hope Solo, que disse que, se a Olimpíada fosse hoje, não viria ao Rio. Os Jogos, entretanto, serão em agosto, inverno no Brasil, quando a proliferação do mosquito transmissor, o mesmo da dengue, é muito menor.

“A Organização Mundial de Saúde não recomendou que não se viaje ao Brasil. Todos os especialistas concordam que as temperaturas no verão brasileiro, quando os Jogos vão acontecer, vão proporcionar uma situação muito diferente”, completou Bach.

Um dia antes, na quinta, o diretor médico do COI, Richard Budgett, concedeu entrevista à agência de notícias The Associated Press que “tudo que poderia ser feito estão sendo feito” para contar o zika.

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