Nervoso, São Paulo joga mal e só empata com o Coritiba no Morumbi

  • Por Estadão Conteúdo
  • 28/08/2016 18h45
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Única vítima de agressão em campo Estadão Conteúdo Única vítima de agressão em campo

Faltaram gols, emoção e público e sobrou nervosismo no Morumbi. Na partida que marcou o reencontro com a torcida, após um protesto violento no sábado, o São Paulo teve mais uma fraca exibição e não passou de um empate por 0 a 0 com o Coritiba, resultado justo, tamanha falta de qualidade demonstrava pelas duas equipes, no duelo válido pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. 

Com o resultado, o São Paulo chega aos 28 pontos e se mantém distante da parte de cima da tabela e mais próximo dos candidatos a rebaixamento. Já o Coritiba, com 26, também está flertando com a parte debaixo da tabela. 

O temor de novos protestos e violência da torcida do São Paulo era quase unânime no Morumbi. Mas, felizmente, nada aconteceu, além das já esperadas vaias e xingamentos contra os dirigentes e jogadores.

Dos três atletas agredidos pela torcida no sábado, Michel Bastos foi o único titular e, mais uma vez, não soube aproveitar a oportunidade dada por Ricardo Gomes. Ele acabou sendo visto em campo apenas quando foi substituído pelo jovem Luiz Araújo. 

O fato é que o protesto, se causou algum efeito nos jogadores, foi negativo. Alguns atletas demonstraram muita ansiedade com a bola no pé e isso fez com que o São Paulo tivesse muitas dificuldades para conseguir criar jogadas e demonstrar organização tática.

Com a bola rolando, o São Paulo apresentou um domínio nulo. Teve a maior parte do primeiro tempo com a bola nos pés, mas em 45 minutos conseguiu acertar apenas uma vez o gol de Wilson. Aos 40 minutos, Mena cruzou à meia altura para Chavez desviar e o goleiro tirar com o pé. Foi só. O resto do tempo foi uma sucessão de chutes tortos, que paravam na arquibancada, e um time que, do meio para frente, faltava vontade e sobrava acomodação. 

Chavez era quem mais se movimentava e chamava o jogo, mas, limitado tecnicamente, não conseguiu fazer muita coisa sozinho. Kelvin e Cueva, os melhores dribladores do time, tiveram atuação discreta na primeira parte do jogo. Na defesa, a situação era diferente. O Coritiba tentava sair no contra-ataque e apostava na velocidade, mas Lyanco e Maicon conseguiram dar conta do recado sem grandes esforços.

Na etapa final, Kelvin passou a aparecer um pouco mais e o ataque são-paulino teve uma pequena melhora, mas nada que causasse pânico nos jogadores do Coritiba. Em busca de mais velocidade, Ricardo Gomes apostou no jovem Luiz Araújo, que entrou no lugar de Michel Bastos. Como esperado, o meia deixou o gramado sob muitas vaias. 

O tempo passava e o nervosismo do time são-paulino ficava ainda mais evidente. A ânsia de tentar marcar um gol fazia a defesa deixar muito espaço e em uma delas, quase o Coritiba aumentou a crise do time tricolor. Raphael Veiga recebeu livre na área, bateu forte no contrapé de Denis, que se jogou na bola e fez uma grande defesa com o pé. Logo em seguida, o São Paulo respondeu com Chavez, que tentou de cabeça e Wilson mandou para escanteio.

A entrada de Luiz Araújo foi benéfica para a equipe da casa, que passou a ter mais movimentação na frente e os espaços foram maiores. O próprio Luiz Araújo e Thiago Mendes tiveram boas chances que pararam nas mãos do goleiro Wilson. 

A impressão era que os mandantes buscavam um gol a qualquer custo. Valia chute de longa distância, cruzamentos para a área ou jogadas individuais. Tudo na pressa, no nervosismo, justamente como tem sido os últimos jogos e deverão ser os próximos. O São Paulo desce ladeira abaixo.

O próximo compromisso será em 7 de setembro, diante do rival Palmeiras, no Allianz Parque. Já o Coritiba receberá o Vitória na próxima quarta-feira pela Copa Sul-Americana. 

FICHA TÉCNICA

SÃO PAULO 0 x 0 CORITIBA

SÃO PAULO – Denis; Buffarini, Lyanco, Maicon e Mena; Thiago Mendes, Hudson, Kelvin (Pedro), Michel Bastos (Luiz Araújo) e Cueva; Chavez. Técnico: Ricardo Gomes.

CORITIBA – Wilson; Dodô, Luccas Claro, Juninho e César Benítez; Edinho, João Paulo (Walisson), Juan e Raphael Veiga; Vinícius (Iago) e Neto Berola (Ortega). Técnico: Paulo César Carpegiani.

ÁRBITRO – Francisco Carlos do Nascimento (AL). 

CARTÕES AMARELOS – Buffarini e Mena (São Paulo); Edinho (Coritiba). 

RENDA – R$ 182.596,00.

PÚBLICO – 7.836 pagantes.

LOCAL – Morumbi, em São Paulo (SP).

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