New York Cosmos treina em Havana para jogo histórico contra seleção cubana

  • Por Agencia EFE
  • 01/06/2015 19h05

Havana, 1 jun (EFE).- O New York Cosmos treinou nesta segunda-feira em Havana para o amistoso de amanhã contra a seleção cubana, um evento que representa mais um passo na reaproximação diplomática entre os Estados Unidos e a ilha.

“É emocionante estar aqui tantos anos depois de uma equipe americana ter feito isso. Acho que é um momento histórico, muito importante para o Cosmos. E que o futebol seja o esporte eleito para esse evento tão lindo que vai unir as pessoas”, disse o treinador do Cosmos, Giovanni Savarese.

O técnico disse que toda a equipe se sente privilegiada de poder representar os EUA em um evento tão importante, que busca ir além da política para fortalecer os laços entre as pessoas e fazê-las desfrutarem de um bom jogo.

O Cosmos é o primeiro clube de futebol dos EUA que viaja para Cuba desde 1978, quando o Chicago Sting enfrentou a seleção local em Havana. É também a primeira equipe profissional americana em território cubano desde 1999, ano em que o Baltimore Orioles encarou a seleção cubana de beisebol, encontro que se repetirá em 2015.

A delegação do Cosmos chegou a Havana na noite de domingo, despertando grande expectativa dos cubanos já que viajou acompanhada de Pelé, presidente de honra do clube de Nova York, pelo qual atuou entre 1975 e 1977.

Além do Rei do Futebol, o Cosmos leva outro embaixador à capital cubana. O atacante espanhol Raúl está confirmado entre os titulares amanhã no estádio Pedro Marrero, apesar do cansaço por ter jogado três partidas em uma semana.

Mesmo com o clima festivo e mais simbólico do que esportivo, Savarese indicou que o Cosmos viajou a Cuba para sair com uma vitória na bagagem.

“Acho que é isso que a seleção cubana quer, uma equipe competitiva que os ajude a se preparar para a Copa Ouro”, indicou o treinador.

O capitão do Cosmos, Carlos Méndez, disse que seleção cubana é forte e que será uma partida difícil. No entanto, o jogador preferiu avaliar a partida por seu lado histórico, desejando que os torcedores se divirtam e possam desfrutar de um bom futebol.

“Somos privilegiados de sermos os primeiros a estar aqui. Acho que o futebol pode servir de ponte entre os dois países. Estamos contentes de ter essa oportunidade”, afirmou.

O brasileiro naturalizado espanhol Marcos Senna também destacou o privilégio que a partida simbólica representa para os jogadores do Cosmos, agora integrantes da nova diplomacia que marca o reinício das relações entre os dois países.

“A ideia é abrir portas e muitos outros clubes americanos venham aqui”, disse Senna.

Fundado em 1970, o Cosmos fez história entre 1975 e 1984, quando contratou craques mundiais em seus últimos anos de carreira. Além de Pelé, jogaram com a camisa do time nova-iorquino o alemão Franz Beckenbauer e o holandês Johan Neeskens. EFE

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