“The New York Times” cobra destituição de Blatter e reestruturação da Fifa

  • Por Agência EFE
  • 28/05/2015 12h45
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Reprodução Ainda bem que Blatter não lembrou das obras para a população

O jornal americano The New York Times decicou seu editorial desta quinta-feira ao escândalo de corrupção da Fifa, afirmando que é prioritária a destituição do cargo do presidente, o suíço Joseph Blatter.

O texto se refere a prisão de 14 pessoas, supostamente ligadas a uma rede de crime organizado, entre elas o ex-presidente da CBF, José Maria Marin. As detenções aconteceram a partir de investigações da Promotoria Geral dos Estados Unidos.

Blatter, segundo o jornal, “não viu razão alguma para deixar de aspirar nesta sexta-feira a um quinto mandato e não mostrou intenção de revisar a escolha de Rússia e Catar”, como sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, respectivamente.

“Desta vez, não deveria permitir que a Fifa dê a entender que o problema afeta poucos funcionários corruptos. O primeiro passo é a imediata destituição do Sr. Blatter e a reestruturação da Fifa”, aponta o editorial.

O The New York Times cobra ainda que as escolhas de Rússia e Catar deveriam ser examinadas novamente, e ainda aproveitou para lembrar das condições em que trabalham os estrangeiros empregados no país asiático, que se prepara para sediar o Mundial de 2022.

A publicação lembra que o “complicado e impenetrável” mundo da Fifa gerou receitas de US$ 5,7 bilhões entre 2011 e 2014, e que mesmo assim, “opera majoritariamente por trás de portas fechadas”.

Outro jornal americano, The Wall Street Journal, também discute o tema em suas páginas editoriais, e lembrou que apesar do dinheiro que movimenta, a entidade “não tem que responder para acionistas, nem para eleitores de qualquer país”.

Segundo a publicação, “a corrupção de amplo alcance ameaça o esporte”.

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