Neymar entra no intervalo, faz 2 e lidera goleada da seleção sobre os EUA
Foxborough (EUA), 8 set (EFE).- Exatamente um mês antes de estrear nas Eliminatórias contra o Chile, a seleção brasileira deixou uma boa impressão para o início da disputa por uma vaga na Copa do Mundo de 2018 nesta terça-feira ao golear os Estados Unidos por 4 a 1 no Gillette Stadium, com direito a grande atuação de Neymar, autor de dois gols.
Em Foxborough, no estado americano de Massachusetts, a festa foi toda brasileira. Sem dar a menor chance aos donos da casa, a equipe pentacampeã mundial virou a página do fracasso na Copa América, em julho, quando caiu nas quartas de final diante do Paraguai, e massacrou. Além do camisa 10, que entrou no intervalo, Hulk, que abriu o placar, e o estreante Rafinha foram às redes. Williams descontou no fim.
O foco da seleção passar a ser as Eliminatórias, em que a caminhada começará em 8 de outubro em Santiago. Cinco dias depois a adversária será a Venezuela, em Fortaleza. Já os EUA se preparam para decidir contra o México quem representará a Concacaf na Copa das Confederações de 2017.
O técnico Dunga fez apenas duas alterações no time titular em relação à vitória sobre a Costa Rica por 1 a 0, no último sábado. Fabinho ganhou a posição de Danilo na lateral direita, e Elias substituiu Fernandinho no meio. Neymar, que está suspenso e não poderá participar das primeiras partidas pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, mais uma vez começou no banco.
Os EUA atravessam uma renovação, e apenas quatro atletas da formação inicial definida por Jürgen Klinsmann começaram jogando na derrota para a Bélgica por 2 a 1 nas oitavas de final da última Copa: Cameron, Bedoya, Bradley e Jones.
A seleção brasileira teve a iniciativa nos primeiros instantes e abriu o placar logo aos oito minutos de bola rolando. Willian fez ótima jogada individual pela ponta direita, cruzou fechado e acertou a segunda trave. Hulk pegou o rebote, deixou a marcação no chão e fuzilou de pé direito.
Os donos da casa apertavam a saída de bola brasileira, mas a equipe visitante conseguia trocar passes com paciência e escapar. Willian era a principal válvula, e mais uma vez deu trabalho pela direita. O meia do Chelsea foi para cima e invadiu a área, mas ficou sem ter com quem jogar e desperdiçou o ataque.
Pouco depois, aos 22, Dunga e Roberto Mancini, técnico da Inter de Milão, ganharam uma preocupação. Miranda sentiu o joelho direito e teve de ser substituído por Marquinhos.
Apesar de ter marcado o gol cedo e ficar mais com a bola, o Brasil não conseguia assustar o goleiro americano. Pouco acionado até então, Douglas Costa deixou Cameron na saudade pela ponta esquerda, aos 26, mas bateu sem força e facilitou o trabalho de Guzan, que pegou firme.
Logo na sequência, aos 27, os EUA enfim incomodaram. Yedlin encontrou Bradley entre os zagueiros dentro da área e fez a enfiada, mas o volante parou na primeira defesa de Marcelo Grohe.
A equipe pentacampeã mundial tinha mais a bola, mas dependia de lances individuais para finalizar. Aos 34 minutos, Fabinho encarou a zaga pela direita, cortou para o pé esquerdo e até poderia ter tocado para Hulk, mas bateu com a perna ruim e errou.
O segundo poderia ter acontecido ainda antes do intervalo, aos 40, mas Guzan trabalhou bem. Marcelo tabelou com Lucas Lima, recebeu na frente e encheu o pé, mas o arqueiro americano espalmou para fora.
Na etapa final, porém, a seleção anfitriã não resistiu por muito tempo. Neymar, que entrou no intervalo, escapou livre pela esquerda, invadiu a área e levou uma rasteira de Cameron, sofrendo pênalti. O próprio craque foi para a bola e não bateu bem, mas mesmo assim marcou o segundo.
A partir daí, o Brasil se tornou dono da partida por alguns minutos, e Roberto Firmino, outro que entrara pouca antes, teve boa oportunidade. Aos 11, Lucas Lima cobrou escanteio e, livre, o atleta do Liverpool desviou de cabeça para fora.
Os gols não pararam de sair, principalmente após as entradas de Rafinha e Lucas Moura, que em sua primeira jogada, aos 18 minutos, protagonizaram o quarto. O jogador do Paris Saint-Germain tocou para o filho do ex-meia Mazinho, que em um lance de futsal, deu um drible curto dentro da área e tocou sutilmente no canto direito.
Nem bem a torcida brasileira comemorou e Neymar marcou mais um, o quarto, com requintes de crueldade, aos 21. O camisa 10 acelerou pela esquerda e poderia ter chutado rapidamente, mas preferiu brecar, driblar dois e aí sim tocar na saída de Guzan.
Rafinha fazia sua estreia pela seleção principal e estava muito afim de jogo. Aos 25 minutos, o irmão mais novo de Thiago Alcântara, que optou por defender a Espanha, recebeu de Fabinho na direita concluiu rente à trave.
O quinto escapou por pouco aos 34 e aos 42. Na primeira, Neymar bateu falta da meia direita e acertou a rede, mas pelo lado de fora. Na segunda, Firminou pegou sobra e chutou em cima de Bedoya.
Quem balançou a rede, então, foram os EUA, que marcaram o de honra aos 45 minutos. Williams arriscou de longe e, encoberto por David Luiz, Marcelo Grohe caiu atrasado, não evitando que a bola entrasse.
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Ficha técnica:.
Estados Unidos: Guzan; Cameron (Spector), Alvarado, Orozco e Ream; Bedoya (Williams), Bradley (Johannsson), Jones (Diskerud), Yedlin e Zardes (Wood); Altidore (Morris). Técnico: Jürgen Klinsmann.
Brasil: Marcelo Grohe; Fabinho, Miranda (Marquinhos), David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo (Fernandinho) e Elias; Lucas Lima (Lucas Moura), Willian (Roberto Firmino) e Douglas Costa (Rafinha); Hulk (Neymar). Técnico: Dunga.
Árbitro: Joel Aguilar (El Salvador), auxiliado pelos compatriotas William Torres e Douglas Bermúdez.
Cartões amarelos: Orozco e Williams (EUA).
Gols: Williams (EUA); Hulk, Neymar (2x) e Rafinha (Brasil).
Estádio: Gillette Stadium, em Foxborough, no estado americano de Massachusetts. EFE
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