No adeus de Bauza, São Paulo leva virada do Atlético-MG em casa
Era para ser um adeus com chave de ouro e a aproximação do G4. No fim, o São Paulo perdeu de virada por 2 a 1 para o Atlético-MG, no Morumbi, e viu a diferença para os primeiros colocados do Brasileirão aumentar ainda mais. E o técnico Edgardo Bauza deixa o clube, nesta quinta-feira, com um aproveitamento bem modesto.
Foram 48 jogos, sendo 18 vitórias, 13 empates e 18 derrotas. Assim, o argentino deixa o clube com o mesmo número de derrotas e vitórias – nesta sexta-feira já se apresenta à seleção argentina. Enquanto procura por um treinador, o São Paulo passará a ser comandando por André Jardine, técnico do time sub-20.
Com o resultado, o Atlético-MG chega aos 32 pontos e se aproxima dos primeiros colocados do Brasileiro, na quinta colocação. Já o São Paulo continua estacionado nos 23 pontos e em 10º lugar na tabela.
O fato é que Bauza deu azar de encarar um time tão superior, que mesmo sem fazer uma grande partida, conseguiu vencer sem grandes sustos. O São Paulo, mesmo com a estreia de Buffarini, que até teve boa atuação, passa mais um jogo sem convencer. Nesta quinta-feira, novamente não faltou vontade, mas qualidade, principalmente do meio para frente.
Pelos primeiros minutos, a sensação era de que Bauza iria embora por cima, com uma tranquila vitória. O São Paulo mostrava velocidade e boa movimentação, principalmente no lado direito, com Buffarini, que mostrou personalidade e jogou como se estivesse no clube há anos.
Logo aos dois minutos, a zaga do Atlético afastou da área e a bola caiu nos pés de Chavez, que ao ver Victor adiantado, acertou uma bomba do meio da rua e encobriu o goleiro do Atlético. Um belo presente para Bauza, que pedira sua contratação.
A alegria dos são-paulinos durou muito pouco. Com um contra-ataque fulminante, de toques rápidos no chão e confundindo a marcação, o Atlético virou rapidamente. Aos 10, Fred dominou na frente da área e tocou para Maicosuel, livre, bater cruzado e empatar.
Foi preciso apenas nove minutos para os visitantes virarem e também mostrar que sabem fazer gols bonitos. Em mais um contra-ataque, a bola sobrou para Pratto acertar um chute da entrada da área e marcar o segundo gol atleticano.
A pequena, mas agitada torcida são-paulina presente no Morumbi sentiu o golpe, assim como o time em campo, que passou a ficar com a bola no pé, mas perdeu todo aquele ímpeto dos minutos iniciais.
ESFORÇO EM VÃO – Chavez só trombava com os zagueiros e esperava uma sobra para tentar marcar. Buffarini corria o campo inteiro, assim como Kelvin, embora o argentino tivesse sido mais produtivo. O primeiro tempo não foi ainda pior para os são-paulinos, porque o árbitro viu erroneamente impedimento de Fred, em gol de cabeça no último minuto.
Na etapa final, o São Paulo voltou mais calmo e passou a errar menos passes. O problema passou a ser a falta de ofensividade. O time tocava a bola, chegava na linha de fundo e não sabia o que fazer com ela, já que a defesa atleticana dava pouco espaço.
Nas três oportunidades em que o São Paulo passou pela marcação, apareceu Victor. Bauza, em seus últimos atos no time tricolor, tentou mudar o esquema tático e apostou na garotada para tentar se despedir com, pelo menos, um empate. Colocou Pedro, Luiz Araújo e Daniel. Os meninos nada puderam fazer e o argentino se despede com um aproveitamento inferior a 50% e a esperança de que ele e o São Paulo tenham um futuro melhor.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.