Nobre elogia limitação de acesso e lembra punição “esdrúxula” após briga de torcida
A relação entre Paulo Nobre e os torcedores do Palmeiras nem sempre foi das melhores. Apesar de todo o trabalho de restruturação feito no clube durante os últimos quatro anos e de devolver o protagonismo no futebol brasileiro ao time alviverde, algumas atitudes do mandatário são questionadas por parte da torcida. A venda de ingressos e o rompimento com as organizadas são alguns destes pontos de discórdia.
Em entrevista ao repórter Fredy Júnior, no Plantão de Domingo da Jovem Pan, o presidente Paulo Nobre voltou a falar sobre sua relação com os torcedores do Palmeiras e citou a polêmica decisão da Polícia Militar de São Paulo, que passou a limitar o acesso da torcida alviverde na região do Allianz Parque nos dias de jogos.
“O Ministério Público e a Polícia Militar estão de parabéns por essa iniciativa de limitar o acesso dos torcedores no entorno do estádio. O número de furtos e crimes diminuiu bastante. Os marginais que ficavam lá batendo carteira, vendendo produtos falsificados e cerveja sem pagar impostos, não podiam continuar lá. Para os palmeirenses de bem é uma maravilha”, disse o presidente.
Paulo Nobre também comentou sobre a punição sofrida pelo clube durante o Brasileirão, após conflito de torcedores do Palmeiras e Flamengo, em Brasília, no dia 5 de junho. O STJD proibiu a venda de ingressos no setor do Allianz Parque destinado às torcidas organizadas, além de uma multa de R$ 60 mil.
“Torcida organizada faz bem o papel dela quando não briga, quando não faz o clube perder mando de jogos. Essa punição foi uma das mais esdruxulas. O Palmeiras fez de tudo para que os envolvidos na confusão fossem punidos. Identificamos os torcedores, mas quem puniu não quis saber disso. A punição de nada adiantou. As 30 pessoas envolvidas naquela confusão possivelmente continuaram indo aos jogos”, lamentou.
Para o presidente, o ideal seria criar leis mais rígidas para quem briga em estádios de futebol. “Tem que punir quem briga, tirando eles dos estádios e não os times. Essa é a punição mais dura que pode existir. Tirar os torcedores que brigam dos estádios. Punição como essa que sofremos não muda em nada. Eles apenas tamparam o sol com a peneira”, disse.
Para finalizar, o mandatário alviverde garantiu que o clube não mantém ligação com as torcidas organizadas. Ele entende que tratam-se de entidades independentes, mesmo com elas utilizando os símbolos do clube. “O Palmeiras não financia torcida organizada. A nossa única ajuda, que já considero enorme, é não cobrar os royalties dessas entidades, que carregam o escudo do clube em seus materiais”, ressaltou.
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