Nos EUA, Júlio Baptista sofre com idioma e só pensa em parar quando perder prazer

  • Por Jovem Pan
  • 15/09/2016 17h25
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Orlando City/Divulgação Orlando City/Divulgação Júlio Baptista vai completar seis meses no futebol dos EUA

Campeão espanhol, bicampeão brasileiro e dono de quatro títulos com a camisa da Seleção, Júlio Baptista vive um momento diferente. Aos 34 anos e em fim de carreira, está prestes a completar seis meses no Orlando City, time emergente do igualmente despontante futebol dos EUA.  

Jogando ao lado do amigo Kaká, Júlio cumpre papel de coadjuvante na equipe norte-americana – algo incomum para um atleta que foi revelado pelo São Paulo, tornou-se ídolo do Sevilla, jogou pelo Real Madrid e voltou ao Brasil para ganhar dois títulos nacionais pelo Cruzeiro. 

Indício de que está perto de se aposentar? Não.  

Em entrevista exclusiva a Márcio Spimpolo que vai ao ar no próximo fim de semana, na Rádio Jovem Pan, o meia-atacante disse que ainda não pensa em parar. De acordo com Júlio Baptista, a aposentadoria só será cogitada quando ele não tiver mais prazer em entrar em um campo de futebol – ele tem contrato com o Orlando City até 2018. 

“Eu não coloquei um prazo para me aposentar. O que eu penso é que, no dia em que eu não tiver mais prazer em jogar, aí, sim, será a hora de parar. Por enquanto, estou tranquilo“, afirmou Júlio, que, apesar disto, já sabe o que pretende fazer depois de pendurar as chuteiras. “Eu vou estudar e fazer alguma coisa dentro da área em que estive durante toda a minha vida, o futebol“.

Júlio Baptista foi contratado pelo Orlando City em 23 de março, depois de quase três anos no Cruzeiro. Desde então, disputou 18 partidas – apenas cinco como titular – e marcou três gols. A principal dificuldade, de acordo com o brasileiro, tem sido a comunicação com a comissão técnica e os companheiros de equipe – exceto os que falam português e espanhol. 

O primeiro ano foi de transição, um pouco difícil, até porque o time é novo. Como eu tenho experiência e já joguei em muitos lugares, a mudança não foi tão complicada… O mais duro, para mim, tem sido a adaptação à língua, revelou Júlio. 

Isto não quer dizer, contudo, que o meia-atacante de 34 anos já tenha se ajustado ao modo de jogar da Major League SoccerÉ bastante diferente. Estou aprendendo muito. Os jogadores são esforçados, mas ainda cometem muitos erros táticos, o que é normal, pela experiência que ainda não têm, admitiu. 

Mas Júlio é otimista. Com mais um ano e meio de contrato com o Orlando City, o brasileiro acredita que é questão de tempo que a liga dos EUA evolua a ponto de figurar entre as principais do mundo. “Acredito que, dentro de uns três anos, a liga americana pode ser muito forte. Ainda tem um caminho grande por percorrer, o que é normal. É preciso ter um pouco de paciência, finalizou.

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