Nos pênaltis, Corinthians vence Brusque e segue vivo na Copa do Brasil

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 02/03/2017 00h01
SC - BRUSQUE-CORINTHIANS - ESPORTES - Lance durante a partida entre Brusque SC e Corinthians SP, válida pela Copa do Brasil 2017 no Estádio Augusto Bauer em Brusque (SC), nesta quarta-feira (01). 01/03/2017 - Foto: FOM CONRADI/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO FOM CONRADI/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Torcida do Corinthians fez a festa em Brusque

Foi sofrido, suado, mas o Corinthians conseguiu assegurar sua classificação para a terceira fase da Copa do Brasil, após derrotar o Brusque nos pênaltis por 5 a 4, após um sonolento empate sem gols no tempo normal, em Santa Catarina. Jadson teve uma reestreia para esquecer. Perdeu pênalti e quase eliminou a equipe, que vai encarar o Luverdense na próxima fase.

O fato é que a classificação não teve muitos motivos para comemoração. Jadson não entrou bem e o chute para fora na cobrança de pênalti só piorou sua atuação. A péssima atuação em uma partida que antecede um clássico (com o Santos, pelo Paulistão) liga um sinal de alerta no Corinthians de que a equipe ainda está longe de passar confiança.

Uma das novidades da Copa do Brasil deste ano é o fato de a segunda fase ser disputada em apenas um jogo, com o intuito de exigir maior motivação das duas equipes em busca da vitória, ao invés de tentarem decidir o confronto somente na partida de volta, como aconteceu tantas vezes nos outros anos.

Mas Corinthians e Brusque jogaram por terra toda a expectativa de um grande jogo. De formas distintas, as duas equipes maltrataram a bola e pareciam ter receio de chutar no gol. A defesa alvinegra manteve-se firme – apesar de umas saídas de bolas erradas, que não chegaram a comprometer. Do meio para frente é que o problema aumentou.

O Brusque mostrava vontade, bem acima do adversário. Faltava qualidade técnica dos seus atletas e o confronto entre a falta de motivação contra um time limitado com a bola no pé fez com que a primeira parte da partida fosse sonolenta.

Na segunda etapa, os times continuavam no marasmo, com mais receio de levar o gol do que marcar um e pareciam combinar de levar a decisão para os pênaltis. Até que, aos 10 minutos, o que tanto o corintiano esperava aconteceu: Jadson entrou.

Com a camisa 77 nas costas, número em homenagem ao título do Campeonato Paulista daquele ano, o meia tentou dar uma nova cara ao Corinthians. O time alvinegro passou a tocar mais a bola ainda sem rumo. Aos 30, quase Jadson marcou. Romero ajeitou na entrada da área para o meia encher o pé e mandar por cima. O pior estava por vir.

Jadson iniciou as cobranças e chutou para fora. Sorte que seus companheiros lhe salvaram. Giovanni Augusto, Maycon, Fagner, Jô e Romero marcaram. Jonatas Belusso, Willian, Eliomar, Ricardo Lobo e João Carlos marcaram para o Brusque, mas João Carlos – na trave – e Carlos Alberto – para fora – perderam suas cobranças e garantiram a classificação corintiana.

Opinião JP

Depois de vencer o Derby e o Mirassol no Campeonato Paulista, era de se esperar que o Corinthians passasse pelo Brusque com certa facilidade nesta quarta-feira. Mas, não foi o que aconteceu. Para os comentaristas da Jovem Pan, Flávio Prado e Vampeta, parece ter faltado vontade aos jogadores alvinegros no duelo contra o time catarinense pela segunda fase da Copa do Brasil.

“O Corinthians não jogou bola. Você não pode jogar de igual para igual contra um time como o Brusque, que tem uma folha salarial de R$ 180 mil. O Corinthians sofreu mais do que devia, enfrentou sérios riscos, graças a incompetência de seus jogadores. Claro que a classificação dá tranquilidade para o time enfrentar o Santos, no clássico de sábado, mas o Corinthians precisa jogar mais”, analisou Flávio Prado.

Para Vampeta, sofrer faz parte do futebol, mas o Corinthians poderia ter feito uma partida mais tranquila. “Hoje foi sofrido. Pelo futebol apresentado e pela maneira que se classificou. Em campeonatos como esse, de mata-mata, o Corinthians tem que jogar mais. Tem que jogar como joga em Itaquera. Dizem que nos pênaltis é sorte. E hoje o Corinthians teve sorte, sem competência alguma”, disse.

Ouça o pênalti decisivo

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