Novatos, fim de Alonso e Hamilton x Rosberg: como estão os pilotos para a temporada 2016?

  • Por Daniel Keny/Jovem Pan
  • 17/03/2016 18h55
Reprodução/Facebook/Montagem Pilotos F1 2016

A partir das 2h (horário de Brasília) deste domingo (20), o GP da Austrália inaugura a temporada da Fórmula 1 sem gerar expectativa de grandes novidades. Depois das duas semanas de testes no final de fevereiro, espera-se que a Mercedes mantenha seu domínio, apesar da notável ascensão da Ferrari em relação ao ano passado. Williams e Red Bull devem brigar pelo posto de terceira força, mas têm chances muito remotas de brigar pelo título.

A não ser que o panorama mude inesperadamente, o que parece improvável com o regulamento vigente da FIA, a equipe alemã é barbada no mundial de construtores. A briga entre os pilotos, essa sim pode tornar a temporada menos insossa, se formos considerar que as grandes estrelas da categoria vivem momentos muito distintos em suas carreiras e que alguns jovens terão a oportunidade derradeira de mostrar até onde podem chegar.

Hamilton x Rosberg

A disputa dos ponteiros Lewis Hamilton e Nico Rosberg terá seu terceiro capítulo. Para Felipe Motta, comentarista de esportes da Jovem Pan, o alemão só desencanta se o britânico perder o foco. “Eu não acredito no Rosberg. Tem no grid três caras absolutamente diferentes, e ele não faz parte desse grupo, fica ali entre os acima da média ou bons. Agora, o Hamilton às vezes fica com a cabeça fora da Fórmula 1, ele é mais instável emocionalmente”, analisa. Motta lembra que o alemão não foi capaz de bater Hamilton em condições normais. “O Rosberg só ganha quando ele quebra. Em 2014 surpreendeu, levou a disputa até o final e teve as suas chances. Mas, em 2015, só venceu quando o Hamilton já era campeão”.

Sebastian Vettel, o retorno

Os testes mostraram a Ferrari rápida nas mãos de Sebastian Vettel. O tetracampeão foi o terceiro colocado entre os pilotos em 2015 e parece ter recuperado a gana de vencer. “O Vettel está motivado, é a maior ameaça à Mercedes. Eu acredito que se ele ficar bastante tempo na Ferrari vai acabar ganhando um título, cedo ou tarde”, crava Motta.

Fim melancólico para Alonso?

O asturiano bicampeão mundial inicia a temporada com 34 anos, guiando uma McLaren que deve levá-lo a brigar no meio do pelotão. “O Alonso é um cara diferenciado, todo mundo sabe. Mas é uma grande interrogação, porque a McLaren estava muito mal. Eles têm uma margem de evolução maior e podem subir posições no grid, mas periga dele ter um final de carreira melancólico”, afirma Motta.

O comentarista vê a busca do espanhol pelo tri cada vez mais comprometida por causa da sua personalidade forte e idade avançada em relação aos concorrentes. “É um cara difícil de trabalhar. Tem portas fechadas na Ferrari, não entra na Mercedes enquanto o Hamilton estiver voando, não se encaixa na política da Red Bull, ou seja, depende do projeto da McLaren. E se só voltar a ter um carro bom daqui a 2 ou 3 anos, pode ser que já não esteja na sua melhor forma”.

Nova geração: quem vai deslanchar?

Felipe Motta vê “uma nova geração boa, mas que anda meio travada”.  O comentarista aponta Valtteri Bottas como destaque entre os jovens. “Terminou 2015 na quarta colocação, à frente do Felipe Massa. Acho o Bottas muito, muito bom. Resta ver se vai deslanchar”.  O desempenho do russo da Red Bull, Daniil Kvyat, também chama a atenção: “Dos que estão indo para o segundo, terceiro ano de grid, tem aquela expectativa de onde podem chegar, caso do Nasr e do Kvyat, que tem um pouco mais de experiência e terminou o ano passado na frente do Daniel Ricciardo”.

Quem mais agradou os fãs e a mídia no último ano foi o caçula do grid, Max Verstappen. Estreante aos 17 anos, o belga obteve duas quartas colocações e somou 30 pontos de vantagem sobre o também competente Carlos Sainz Junior, de 21 anos, seu companheiro na STR. Além dos bons resultados, impressionou pelo estilo de pilotagem agressivo. “O Verstappen parece que é um cara diferente, espera-se que se torne um grande piloto. Ainda não dá pra cravar, mas tem grande potencial”, opina Motta.

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