Novo líder em venda de camisas, Lugano conseguirá ser o “novo Rogério Ceni”?

  • Por Jovem Pan
  • 08/01/2016 16h57
SP - FUTEBOL/DESPEDIDA DO ROGÉRIO CENI - ESPORTES - O goleiro Rogério Ceni e Lugano durante seu jogo de despedida dos gramados, no Estádio do Morumbi, na capital paulista, nesta sexta- feira. Se enfrentam na partida um time dos campeões mundiais de 1992 e 1993 e a equipe que conquistou o tricampeonato do Mundial em 2005. 11/12/2015 - Foto: VANESSA CARVALHO/BRAZIL PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Agência Estado Rogério Ceni passa a faixa de capitão para Lugano em sua despedida. A troca dará certo no São Paulo?

Diego Lugano foi contratado pelo São Paulo não só para reforçar a zaga do time, mas também (e principalmente) para ser um líder do elenco. Esta característica, somada à idolatria por parte da torcida, fazem do uruguaio o substituto de Rogério Ceni no clube. Mas fica a pergunta: será que “El Díos” substituirá o “M1to” à altura?

Analisando o sentimento da torcida em relação ao defensor, é possível dizer que sim. Na loja virtual oficial do Tricolor, a São Paulo Mania, o número de camisas com o nome Lugano e o número 5, usado em sua primeira passagem pelo Morumbi, entre 2003 e 2006, já ultrapassou o número de camisas de Rogério em vendas.

A loja informa ainda que, antes mesmo da confirmação da contratação do uruguaio, suas camisas já representavam quase 20% do total de vendas.

No entanto, além desses números, outros pontos devem ser analisados para saber se Lugano será um verdadeiro substituto de Ceni no posto de líder e ídolo da torcida são-paulina. O primeiro deles conta bastante a seu favor: a raça. Em um time acusado de ser “frio” e pouco dedicado ao longo de 2015, o uruguaio pode se destacar pela vontade em campo, a qual nunca lhe faltou durante a carreira.

Outro ponto que conta a seu favor é o amor que tem pelo clube e pelos torcedores. Neste sentido, parece não haver dúvidas. Lugano se esforçou para resolver sua situação com o Cerro Porteño, do Paraguai, e obter a liberação para atuar no Tricolor. Segundo ele, sua história no clube paulista não pode ser ignorada.

“Foi o clube que me recebeu muito jovem no Brasil, devo muito ao São Paulo e a torcida me quer muito. Entendo que não posso dar as costas à história, ao carinho que tenho pelo São Paulo e à torcida”, disse ele ao se despedir da torcida do Cerro.

A grande questão que fica é o desempenho em campo. Aos 35 anos, Lugano está no ponto descendente da carreira. Antes de jogar no Paraguai, defendeu o desconhecido BK Häcken, da Suécia. Anteriormente, teve passagem sem destaque pelo West Bromwich Albion. O último grande clube que defendeu foi o PSG, em 2011 e 2013, mas também longe de se destacar.

Para o torcedor são-paulino, no entanto, o desempenho é o último quesito a ser analisado. O importante é ter de volta o maior ídolo dos últimos anos (com exceção de Rogério Ceni, obviamente) e uma referência de dedicação integral em campo. Neste sentido, a chegada do uruguaio é garantia de sucesso.

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