Números, experiência e camisa 9 “vaga” recolocam Ricardo Oliveira na Seleção
Com números excelentes e perfil de liderança, o atacante Ricardo Oliveira volta a ser chamado para defender a Seleção Brasileira. Em ótima fase no Santos, o centroavante se credencia como uma boa opção, pelo menos a curto prazo, e evidencia a carência de camisas 9 no país.
Chamado por Dunga nesta quinta-feira (24), após corte de Roberto Firmino, Ricardo Oliveira volta à Seleção após oito anos. Convocado pela última vez em 2007, durante a primeira passagem de Dunga pelo escrete canarinho, o atacante de 35 anos parecia não ter mais espaço até voltar a brilhar com a camisa do Peixe.
O bom futebol colocou Ricardo Oliveira na Seleção, mas não é o único fator que explica a convocação do camisa 9 santista. Confira elementos que garantiram Ricardo Oliveira no time de Dunga:
Números de respeito
Ricardo Oliveira chegou ao Santos sob muito desconfiança no início do ano. Logo mostrou que poderia jogar em alto nível, se tornou o grande nome da equipe no Paulistão onde, além de campeão, foi artilheiro com 11 gols em 18 jogos, e recebeu o prêmio de melhor jogador da competição.
No Brasileiro, o camisa 9 logo tomou a ponta na artilharia, já tem 17 gols em 26 partidas e, somando ainda gols na Copa do Brasil, é o maior goleador do país no ano com 30 gols em 51 exibições.
Liderança
Aos 35 anos, o camisa 9 logo se tornou referência no Santos. Dentro e fora de campo, Ricardo Oliveira chamou a responsabilidade em um grupo recheado de garotos e, após a saída de Robinho, assumiu a braçadeira de capitão no time da Vila Belmiro.
Experiência
Desde que voltou ao comando da Seleção, Dunga mostrou que conta com jogadores experientes para auxiliar os jovens do grupo. O treinador já chamou Robinho e Kaká para exercer a função e, dessa vez, Ricardo Oliveira pode ocupar o papel. Além da idade, a experiência com a Seleção também conta a favor do centroavante: o camisa 9 tem 12 jogos e três gols pela equipe nacional, foi campeão da Copa América de 2004, e já disputou duas partidas em Eliminatórias em 2005, contra Uruguai e Paraguai.
Falta de camisas 9
Em seu retorno à Seleção, Dunga indicou que poderia abolir o uso de um centroavante fixo na equipe. O treinador testou algumas opções, mas nenhuma tomou conta da camisa 9 verde e amarela: Diego Tardelli, Luiz Adriano, utilizou até mesmo Roberto Firmino e Robinho na função. Mesmo veterano, Ricardo Oliveira mostra no Santos que pode exercer mais do que uma função de centroavante fixo, tem mobilidade e inclusive tem marcados belos gols de fora da área.
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