O Barcelona tem um camisa 10 brasileiro que Neymar ainda não viu jogar

  • Por Jovem Pan
  • 08/12/2015 16h42
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Instagram/@bateriafutsal Bateria

Vestir a camisa 10 do Barcelona hoje em dia é ser uma estrela do mundo da bola, milionário e conhecido por praticamente qualquer torcedor do planeta. Certo? Só se seu nome for Lionel Messi. O que nem todos sabem é que o Barça possui outro camisa 10, também canhoto, habilidoso e goleador, mas brasileiro: Dione Alex Veroneze, mais conhecido como Bateria, é quem usa o número famoso na equipe de futsal do clube catalão.

Em entrevista exclusiva ao repórter Fredy Junior na Jovem Pan, o ala de 25 anos disse que cumpre um “sonho de criança” ao usar a camisa 10 do Barcelona – time que defende desde o ano passado, após passar três temporadas no Inter Movistar, importante clube de Madri. Porém, admitiu que, apesar da proximidade física, a realidade dos atletas de futsal é totalmente diferente da vivida pelos superastros do futebol de campo.

“Já tive contato com o Dani Alves, com o Iniesta, que adora futsal e é um cara muito humilde. Ele sempre está por ali. Mas ao mesmo tempo em que a gente está muito perto, também está muito distante deles, é um mundo completametne diferente. Às vezes a gente se cruza, nosso CT é junto com o deles. Os horários muitas vezes não batem, mas às vezes tem umas aproximações”, contou Bateria.

Já com os dois principais astros do Barça, Messi e Neymar, o ala ainda não conseguiu ter contato próximo. Ele contou que compatriotas como Adriano e Rafinha já acompanharam jogos seus pelo time de futsal no ginásio do Barça, mas o principal jogador brasileiro ainda está “devendo” uma visita.

“(Neymar) Ainda não teve a oportunidade de ver um jogo meu. Eu já tinha conversado com o representante da Nike dele, que é o mesmo que cuida das minhas coisas, e em um jogo da Champions League de futsal já estava tudo organizado pra ele ver no camarote, tranquilo. Mas infelizmente ,nesse dia, ele teve imprevistos e não pôde assistir”, lamentou.

E uma troca de camisas 10 com Messi, já aconteceu? “Ainda não teve, mas é um sonho que tenho que cumprir. Estou na busca ainda, vamos ver se consigo realizar”, brincou Bateria, que escolheu o número por ser seu preferido no futebol desde criança – o Barcelona é o primeiro time em sua carreira no qual ele teve a oportunidade de vestir a 10.

Revelado no futsal catarinense e jogando na Europa desde 2011, Bateria – que tem o apelido porque o pai era dono de uma loja de peças automotivas – não poderia ter outro ídolo senão Falcão, maior artilheiro da seleção brasileira e eleito quatro vezes o melhor jogador de futsal do mundo. E após receber elogios do craque consagrado, o destaque do Barcelona agora busca um espaço maior também na seleção para se tornar ele próprio um ídolo nacional.

“É uma das melhores coisas que podem te acontecer, que seu maior ídolo no futsal fale bem de você. Apesar de ter esse elogio, vejo como uma responsabilidade muito grande, de continuar melhorando, crescendo. Eu acredito que o Brasil precisa de um novo ídolo. O Falcão ainda tem dois ou três anos de jogador profissional, e depois, como em toda profissão, chega o fim. Ele falou que eu podia ser um dos possíveis ídolos do Brasil, e eu trato isso com muita responsabilidade e vontade de que possa se concretizar”.

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