“O Bom Senso fragilizou ainda mais a categoria”, critica Sindicato de Atletas

Presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo (Sapesp), Rinaldo Martorelli criticou a forma como o Bom Senso F.C. atuou de 2013 a 2016. Em participação exclusiva no Esporte em Discussão desta terça-feira, na Rádio Jovem Pan, o ex-goleiro classificou o movimento como um “voo solo” e disse que o grupo “fragilizou ainda mais” a classe dos jogadores.
“O Bom Senso surgiu e quis trabalhar de forma isolada. Não tinha lastro, não tinha conteúdo e se aventurou em voo solo. Deu no que deu: começou e acabou“, criticou. “É evidente que a gente quer a participação política do atleta, mas fica mais fácil quando há uma junção, uma união... Eu acho que o Bom Senso foi muito mal conduzido. Na verdade, acabou fragilizando ainda mais a categoria“.
O fim do Bom Senso foi oficializado há pouco mais de um mês, quando o ex-diretor executivo do grupo, Enrico Ambrogini, confirmou ao jornal Zero Hora que o movimento havia, de fato, acabado – inclusive com pedido de encerramento do CNPJ.
A falta de novos líderes e os ruídos no diálogo com a CBF contribuíram para que o engajamento dos atletas não fosse o mesmo de quatro anos atrás, quando o Bom Senso nasceu e ameaçou mexer com as estruturas do futebol brasileiro – com protestos em campo e ações fora dele.
Em julho do ano passado, chegou-se a cogitar uma mudança de rumos do grupo, que passaria a atuar com foco em Brasília e sem a liderança de jogadores, mas a ideia não foi para frente: o Bom Senso de fato acabou, deixando como maior legado a aprovação da Lei do Profut, que refinanciou a dívida dos clubes e promoveu inéditas medidas de Fair Play Financeiro.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.