“O campeonato estadual é o pulmão do futebol brasileiro”, diz presidente da FPF

  • Por Jovem Pan
  • 11/12/2016 16h31
Fernando Calzanni / FPF Para Reinaldo Carneiro Bastos é necessário rentabilizar as competições para fortalecer as equipes

A realização dos campeonatos estaduais dividem opiniões. Enquanto parte da imprensa, torcedores, jogadores e cartolas criticam a realização das competições mais tradicionais do futebol brasileiro, outros defendem a sua disputa, caso do Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol.

Neste domingo, em entrevista exclusiva a Jovem Pan, o dirigente disse que o período reservado para a realização das competições estaduais ainda é pequeno. “Os estaduais atualmente tem 100 dias. Pouco, mas é o que dá para fazer. O Brasil é um país grande e fica difícil jogar o ano inteiro. Os times não tem receita para isso”.

Bastos disse que os dirigentes precisam buscar uma solução para os problemas que os times enfrentam com o calendário. O presidente da FPF, explicou que em São Paulo, a federação tenta manter o maior número de times na ativa durante a temporada, com a realização dos estaduais e da Copa Paulista.

O dirigerente lembrou que no Brasil existem mais de 700 clubes profissionais – em São Paulo são 140, mas apenas 60 tem calendário completo. “O campeonato estadual é o pulmão do futebol brasileiro. Os times entram em campo por um sonho, seja da cidade, da torcida, de disputar um título. Resta a nós pensarmos numa maneira de preservar esse sonho”, disse.

Mas, para o presidente da Federação Paulista de Futebol, criar campeonatos não é a solução. Para Bastos é necessário rentabilizar as competições: “Precisamos buscar patrocínio, ajudar os clubes a gerar receita. O time precisa ganhar dinheiro. Futebol, time, campeonato só dá certo quando se ganha dinheiro”.

“Quando enxugamos as divisões para 16 clubes, nosso objetivo era que a A2 se aproximasse tecnicamente e financeiramente da A1. Conseguimos criar receita na A2, distribuindo mais dinheiro para os clubes e oferecer condições deles se manterem ao longo da temporada. Além disso, valorizamos a Copa Paulista, buscando recursos e incentivos para os times”, comentou.

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