Órgão que define as regras do futebol analisará uso de vídeo pela arbitragem

  • Por Lancepress
  • 17/09/2015 19h01
CURITIBA, PR, BRASIL, 30-09-2010: Futebol - Campeonato Brasileiro, 2011, Série B: Paraná Clube X Vitória: o árbitro Gutemberg de Paula Fonseca durante jogo entre Paraná Clube e Vitória, válido pela Série B Do Campeonato Brasileiro, no estádio Durival Britto e Silva, em Curitiba (PR). (Foto: Geraldo Bubniak/Fotoarena/Folhapress) Folhapress Para Gutemberg

A solicitação feita pela CBF para que a Fifa autorizasse o uso de recurso de vídeo para evitar equívocos de arbitragem em lances capitais no próximo Campeonato Brasileiro será analisada. Nesta quinta-feira, a entidade que comanda o futebol mundial comunicou à CBF que repassou o caso para a International Football Association Board (IFAB), órgão que define as regras da modalidade, e se reunirá em 26 de novembro, no País de Gales.

O assunto será discutido nesta data e durante a Reunião Anual de Negócios da IFAB. Em correspondência encaminhada ao presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, Lukas Brud, secretário-geral do órgão, ressaltou que a tecnologia é proibida no esporte, mas afirmou que tal reunião poderá legitimizar a criação da figura do árbitro de vídeo (AV).

“Lemos a sua proposta com grande interesse, já que ela aborda todos os aspectos relacionados e pertinentes a este assunto e a sua proposta é extremamente bem elaborada”, escreveu o secretário.

A CBF será representada no evento pelo ex-árbitro Manoel Serapião Filho, membro da Comissão de Arbitragem da entidade. Ele é o porta-voz do projeto de uso de um árbitro para avaliar as jogadas mais importantes em um monitor com transmissão de vídeo. Projeto que ganhou corpo após as seguidas polêmicas de arbitragem neste Brasileirão. 

Caso o projeto seja aprovado em primeira instância, o mesmo só poderá ser chancelado na próxima Reunião Anual Geral da IFAB, que será realizada no dia 5 de março de 2016.

A ideia da CBF é utilizar as imagens para evitar erros nos seguintes lances:

A) Dúvida se a bola entrou ou não no gol;
B) Saídas da bola pela linha de meta, quando na mesma jogada ou contexto for marcado gol ou pênalti;
C) Definição do local de tiros livres diretos, ocorridos nos limites da grande área, para definir se houve ou não pênalti;
D) Gols e pênaltis marcados, possibilitados e evitados em razão de erro em lances de faltas claras/indiscutíveis, não vistas ou marcadas de modo claramente equivocado;
E) Impedimentos por interferência no jogo, caso na mesma jogada haja gol ou pênalti;
F) Jogo brusco grave ou agressão física (conduta violenta) indiscutíveis não vistos ou mal decididos pela arbitragem.

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