Os personagens e números do São Paulo que foi tetra campeão brasileiro há 9 anos
Há nove anos, o São Paulo dava o primeiro passo para a maior sequência de títulos nacionais de sua história e da história do atual Campeonato Brasileiro. No dia 19 de novembro de 2006, o Tricolor empatou com o Atlético-PR no Morumbi diante de mais de 60 mil pessoas e garantiu a conquista com duas rodadas de antecedências. Nem Internacional nem Grêmio poderiam mais alcança-lo.
O Jovem Pan Online relembra agora o primeiro título do tricampeonato são-paulino focando na história de três personagens daquele time que, além de estarem jogando, ainda têm destaque em 2015.
A campanha
O São Paulo terminou o Campeonato Brasileiro de 2006 com 78 pontos, contra 69 do Internacional, segundo colocado, e 67 do Grêmio, o terceiro. Foram 22 vitórias, 12 empates e apenas 4 derrotas em 38 jogos, o que significa um aproveitamento de 68,4% dos pontos disputados. A equipe teve o melhor ataque (66 gols feitos) e a melhor defesa (32 gols sofridos). Uma campanha indiscutível, de um campeão indiscutível.
O time base do Tricolor era formado por: Rogério Ceni; Ilsinho, Fabão, Miranda e Júnior; Mineiro, Josué, Souza e Danilo; Leandro e Aloisio. Técnico: Muricy Ramalho
Os personagens
Danilo: o ritmo do campeão
Antes de se tornar o “artilheiro dos clássicos” no Corinthians, Danilo chegou a ser chamado de ídolo por muitos são-paulinos. Entre 2004 e 2006, no Tricolor, ele foi peça importante no time que foi campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes em 2005 e Brasileiro em 2006. Vindo do Goiás em 2004, Danilo começou sua passagem pelo Morumbi sob desconfiança, sendo criticado por ser lento. No entanto, o meia mostrou que poderia superar essa deficiência com inteligência em campo e participação tática, o que lhe valeu o apelido de “Zidanilo”, em comparação com o craque Zinedine Zidane.
Agora no Timão, Danilo está prestes a conquistar seu segundo título nacional. Mesmo sendo reserva e carregando o peso de seus 36 anos de idade, foi importante para o alvinegro em diversos momentos da temporada.
Rogério Ceni: o goleiro dos recordes
Vivendo boa fase como cobrador de pênaltis e faltas, Rogério Ceni foi importante para o Tricolor não “apenas” como goleiro e capitão: ele foi também vice-artilheiro do São Paulo na campanha do título, com oito gols marcados. Mas as marcas não pararam por aí. O ídolo também conquistou seu décimo quarto título com a camisa são-paulina, superando Muller e Ronaldão, até então os recordistas nesse quesito. Ao fim da competição, ele foi premiado como o melhor jogador do campeonato pela CBF.
Como se não bastasse, ainda houve outra marca: em jogo contra o Cruzeiro, em agosto, marcou seu 63º gol em partidas oficiais (o 65º, segundo suas próprias contas), tornando-se o goleiro com maior número de gols na história do futebol.
Em 2006, Rogério Ceni tinha 33 anos; em 2015, já completou 42. Incrivelmente, ele ainda joga profissionalmente, mas deve se aposentar ao final da temporada. Para complicar a situação, sofreu uma lesão no segundo jogo da semifinal da Copa do Brasil contra o Santos e pode não ter a despedida que gostaria – e que merecia – com a camisa do clube que defendeu durante toda a carreira.
Miranda: a segurança defensiva
Aos 22 anos de idade, João Miranda de Souza Filho chegou ao São Paulo em 2006 com a difícil missão de substituir o ídolo Diego Lugano, que havia sido negociado com o Fenerbahçe após o vice-campeonato da Libertadores. Miranda não sentiu a pressão e mostrou personalidade para assumir a titularidade e se tornar um dos melhores jogadores tricolores na campanha do tetra brasileiro.
Com o tempo, o defensor se manteve em alto nível. Em 2011, foi jogar no Atlético de Madrid, onde se consagrou jogando ao lado de Diego Godín e conquistou o Campeonato Espanhol e a Liga Europa, entre outros títulos. Atualmente, é titular absoluta da Seleção Brasileira sob comando de Dunga, e mostra a mesma regularidade e seriedade que tinha nos tempos de tricampeão nacional com o São Paulo.
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