Oswaldo demitido? Relembre vezes em que a troca de treinador só piorou as coisas

  • Por Jovem Pan
  • 28/05/2015 21h18
Montagem sobre Folhapress Oswaldo de Oliveira está pressionando no Palmeiras

A pressão de parte da torcida e até de alguns dirigentes sobre o técnico Oswaldo de Oliveira só cresce nas últimas semanas. Apesar da boa campanha do Palmeiras no vice-campeonato paulista, o mau início do time no Campeonato Brasileiro, com dois empates e uma derrota em três jogos, e o empate contra o ASA na Copa do Brasil deixam o comandante perto da demissão em caso de derrota no clássico contra o Corinthians.

No entanto, apesar de ser a estratégia mais simples e mais usada pelas diretorias em momentos de crise, a demissão do treinador nem sempre dá certo. Relembre alguns casos em que esse recurso saiu pela culatra – boa parte deles ocorridos no próprio Verdão.

A demissão de Tite do Palmeiras em 2006

Contratado pelo alviverde pouco antes da parada para a Copa do Mundo, o atual treinador do Corinthians reergueu um time que havia perdido nove das dez primeiras partidas no Brasileirão. Depois de alguns meses, foi demitido de forma questionável após briga com o dirigente Salvador Hugo Palaia, mas os pontos conquistados sob seu comando foram fundamentais para o Palmeiras escapar do rebaixamento ao fim do campeonato.

Jorginho no Palmeiras em 2009

Mesmo sem experiência, o interino Jorginho comandou o Verdão como interino por sete jogos após a saída de Luxemburgo e teve ótimo aproveitamento: cinco vitórias, um empate e uma derrota. Apesar do bom trabalho, a diretoria não acreditou que ele pudesse mantê-lo por muito tempo e o substituiu por Muricy Ramalho. O final da história todos já sabem: apesar de não ser culpa exclusiva do técnico, o Palmeiras deixou um título certo do Brasileiro escapar.

Muricy no Palmeiras em 2010

Se a contratação de Muricy no lugar de Jorginho foi contestada, um ano depois ele mesmo daria lugar a outro treinador para azar do Palmeiras. Com a derrota para o São Caetano por 4 a 1 no Campeonato Paulista de 2010, Antônio Carlos Zago, técnico do próprio Azulão, chegou ao Parque Antártica. O ex-zagueiro ficou no cargo durante apenas 19 partidas.

Mano Menezes no Brasil em 2012

A passagem de Mano pela Seleção Brasileira foi conturbada e, na opinião de muitos, decepcionante. Ela começou em 2010 e acabou em 2012. Entretanto, no momento da demissão, o time começava a fazer apresentações melhores e se acostumar a jogar sem centroavante fixo. Não foi o bastante para convence a CBF, que trouxe Luiz Felipe Scolari, e todos sabem como a história acabou.

Abel Braga no Fluminense em 2013

Com a eliminação na Libertadores de 2013 para o Olimpia-PAR, o Tricolor Carioca resolveu demitir Abel Braga. A mudança, no entanto, não deu resultado e Luxemburgo, Júnior Lopes e Dorival Jr não deram jeito no time. O resultado foi o rebaixamento para a segunda divisão, evitado nos tribunais por conta da punição à Portuguesa.

Bônus: manutenções de treinadores que deram resultados

Para fechar, dois casos de técnicos que foram mantidos em seus cargos mesmo após grandes dificuldades e deram a volta por cima.

Muricy no Inter em 2004

Antes de ser vice-campeão brasileiro com o Internacional em 2005, Muricy Ramalho passou por momentos difíceis em Porto Alegre. O Colorado chegou a ocupar a zona de rebaixamento em 2004, mas a diretoria segurou as pontas e bancou o futuro tricampeão brasileiro pelo São Paulo. A equipe se reergueu e teria sido campeã do nacional se não fosse pelo caso das alterações de resultados.

Tite no Corinthians em 2011

É o caso mais emblemático de que é possível resolver os problemas de uma equipe sem demitir seu treinador. A direção corintiana manteve Tite mesmo após o vexame na eliminação para o Tolima na pré-Libertadores de 2011, quando muitos queriam sua cabeça. O resultado não poderia ter sido melhor: o gaúcho encontrou o caminho certo e levou o alvinegro ao título do Campeonato Brasileiro daquele ano e à inédita conquista da Libertadores no ano seguinte.

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